Colunas

O Hamas odeia Israel e o seu próprio povo

Infelizmente, o lar do monoteísmo abraâmico (islamismo, judaísmo e cristianismo) não é uma morada de paz, mas um explosivo recanto de fanáticos religiosos.

Estamos acostumados a observar ciclos periódicos de violência envolvendo Israel e os árabes desde a imigração de judeus para aquela região da Palestina, após o holocausto e o conseqüente apoio internacional à criação de um Estado para o povo judeu.

Os fanáticos estão sempre à espera de uma desculpa para atacar as famílias israelenses. E quando Israel reage, o mundo se desmancha em sentimentalismo…

A atual crise de violência começou com o trágico assassinato de três adolescentes judeus e de um palestino. O capítulo seguinte foi aquele temido pelos israelenses e pouco divulgado pela mídia internacional: uma chuva de foguetes do Hamas sobre Israel.

Além do Hamas, outros grupos de fanáticos aproveitaram o pretexto para lançar ainda mais foguetes contra as famílias de Israel. O capítulo subseqüente, este sim com ampla cobertura internacional, foi o da retaliação dos israelenses contra os terroristas em Gaza.

O site Slate, especializado em política e questões internacionais, corajosamente publicou um artigo que diz o óbvio que a mídia internacional esconde:

Israel didn’t hit Gaza until terrorists had fired more than 150 rockets into Israel and had rejected a cease-fire.

[Israel não atacou Gaza até que terroristas abriram fogo com mais de 150 foguetes sobre Israel e rejeitaram o cessar-fogo.]

O articulista afirma que “pelos padrões de guerra, os esforços de Israel para poupar civis têm sido exemplares”. É claro que falamos de inocentes morrendo e isso é trágico.

Mas aqui entramos na questão que dá título a este artigo.

Hamas usa palestinos como escudos humanos

Israel sempre enfrentará enormes dificuldades para contra-atacar terroristas sem afetar civis. Por uma razão simples: o Hamas costuma usar palestinos como escudos humanos.

Crianças, mulheres, famílias inteiras estão sendo utilizadas como escudos humanos pelos fanáticos. Os inocentes são enviados para a morte pelo Hamas e não por Israel. Nenhum israelense obriga os terroristas a entregar palestinos para a morte.

A intenção do Hamas é justamente a de martirizar inocentes para culpar “os judeus”. Os fanáticos dizem que não é nada disso: os inocentes são voluntários para o martírio.

Sim, as crianças, as mulheres, as famílias: todos se entregam voluntariamente para a morte. Há algo de muito errado com uma cultura dominada pela pulsão da morte, que valoriza a imagem de suas próprias crianças destroçadas, de suas próprias mulheres dilaceradas.

Mas é este o nível de humanidade dos senhores do Hamas para com os seus!

A covardia é a principal característica dos fanáticos que se escondem em áreas de grande densidade demográfica, obrigando Israel a contra-atacar alvos cercados de inocentes.

A situação é tão surreal que até mesmo o Canadá – normalmente um país neutro em conflitos internacionais – tomou forte posição contra os atos desumanos do Hamas.

A verdade cruel é que os terroristas tomaram toda uma nação de refém. Os palestinos vivem em cativeiro não por obra dos israelenses, mas dos terroristas que dizem lhe representar.

Os fanáticos deliberadamente escolhem crianças palestinas para subir nos telhados de suas casas, nas posições mais vulneráveis, dizendo aos pequenos que se “tornarão santos” se morrerem pela “Palestina” e “contra os judeus”.

Nos idos dos anos 1960 a então primeira-ministra de Israel, Golda Meir, já alertava para um fato trágico: os árabes valorizam a morte de tal maneira que estão prontos a martirizar seus próprios filhos para “um bem maior”: atacar/constranger “os judeus”.

“Nós podemos perdoar os árabes por matarem nossos filhos. Nós não podemos perdoá-los por forçar-nos a matar seus filhos. Nós somente teremos paz com os árabes quando eles amarem seus filhos mais do que nos odeiam”, dizia Golda Meir.

Infelizmente, os árabes ainda hoje odeiam Israel mais do que amam seus filhos.

O Hamas quer a destruição de Israel

O conflito entre Israel e os fanáticos islâmicos pouco ou nada tem a ver com território e criação de um Estado palestino – proposta que é apresentada desde 1947, aceita por Israel e sistematicamente rejeitada pelos árabes.

Trata-se de um conflito com motivação ideológica e religiosa – como apontava Christopher Hitchens, para incômodo geral dos crentes de todas as religiões.

Mas é a triste verdade e não podemos fugir dela. O Hamas é um ajuntamento de jovens amalucados comandados por fanáticos islâmicos que desejam o fim de Israel.

A carta de fundação do Hamas classifica Israel como “entidade sionista” e, no seu 13º artigo, exorta todos os palestinos à jihad e ao martírio (art. 35º). Em outras palavras, o Hamas prefere que os palestinos morram tentando destruir Israel do que entrar em qualquer acordo.

Não se trata, portanto, de um conflito por território. É uma guerra na qual um dos lados simplesmente não admite a existência do outro.

Minha solidariedade às famílias israelenses e às crianças palestinas – ambas no radar da morte do Hamas.

 

 

Sair da versão mobile