Há uns anos atrás, em Portugal, realizei para a Rádio Televisão Portuguesa-canal 2, na série de Caminhos, “O Espírito na Cidade”.
A filosofia deste projeto, “O Espírito na Cidade” foi uma idealização de cuidar que as Igrejas Evangélicas, em cada cidade, procurassem ter comunhão, entre si e derrubassem as barreiras das tabuletas cujo nome levanta uma bandeira denominacional incompreensível à unidade do Corpo de Cristo que não pode estar dividido, Ef 4: 10-16.
Cada cidade tem as suas próprias especificidades como sejam a sua história, as atividades comerciais e industriais, turísticas, cul-turais, entre outras. “O Espírito na Cidade” é a manifestação da presença de Deus nessa cidade. A experiência demonstrou diferenças significativas no que respeita à comunhão das várias eclésias. Sei que muitas são as coisas que dividem as denominações e isto é fruto da falta de comunhão entre as mesmas.
A ausência de comunhão entre as igrejas enfraquece a virtude das mesmas porque lhes falta o Espírito. A divisão do Corpo de Cristo na cidade ou os desentendimentos entre as eclésias são a causa do empobrecimento das virtudes e o surgimento de modismos do tipo “marketing” à semelhança da política partidária que já é em si a desunião de propósitos de um só Senhor, uma só fé, um só batismo e uma só esperança.
O que fazer para resolver esta situação? Claro que não me atreveria a propôr, embora não me faltasse a vontade, de que todas as eclésias se unissem e formassem a igreja da cidade.
O Leitor encontrará aqui em Colunas o meu “post” “Conselho de Pastores” editado em 13 de Novembro de 2012, no qual procuro incentivar a criação, em cada cidade, de uma comunhão de pastores a fim de testemunharem que o Cristo é o mesmo e estabelecerem intercâmbios de amor não fingido, Rm 12:9.
Há dias o Papa Francisco afirmou nos Estados Unidos por causa do pecado da pedofilia que Deus chora. Desejo aqui registar que é uma blasfêmia ao Espírito Santo, dividir o Corpo de Cristo, Mt 12:31.
Os donos de algumas eclésias chegam ao ridículo de aliciarem membros de outras igrejas utilizando como isca a presença de um famoso cantor ou de um milagreiro avulso capaz de resolver todos os problemas e são estes que promovem a divisão do Corpo de Cristo e que não têm o Espírito.
De boca em boca se fala no Brasil de corrupção, violência e de várias injustiças na moral. Como podemos esperar que o sistema deste mundo faça o que compete às igrejas?
Um dos comentários ao “post” acima referido, “Conselho de Pastores”, considera uma tarefa difícil de ser estabelecida, dada a diversidade das doutrinas e também das igrejas grandes e das pequenas.
Precisamos de acreditar que o Espírito Santo fará muito mais daquilo que nós pensamos porque a Sua vontade é que todos sejam um para que o mundo creia que o Pai enviou o Filho, Jo 17.
Exorto pois, não eu, mas o Senhor, que as eclésias da cidade comecem a estabelecer pontes entre si a fim de que se cumpra a presença do Espírito de Deus como a luz e o sal da terra.
Finalmente diria que quanto mais Luz houver na cidade menos trevas haverá e se a Luz não brilhar as trevas prevalecerão e grande será a queda da cidade.
Fraternalmente,
casal com uma missão,
Amílcar e Isabel Rodrigues