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Novelista Walcyr Carrasco e o preconceito contra mulheres na novela “Amor a Vida”, da Globo

Como colunista desse site, me reservo no direito de exercer minha opinião crítica e sem censura, já que a imprensa exerce esse poder tão manifesto em suas publicações e/ou novelas, quando se trata de descontruir a fé e os princípios cristãos.

É notória a existência de um grande preconceito do autor Walcyr Carrasco contra o sexo feminino nesta novela chamada “Amor a Vida”, manifesto em praticamente todos os papeis femininos da referida novela.

Mas, antes, quero confessar que nunca sei o que é pior: se assistir e ser alienado pelos conteúdos pornográficos e manipuladores das novelas, já que são utilizados não apenas como ficção, mas como arma ideológica focada na reorientação social; ou não assistir e não ter ciência dos conteúdos alienantes que tentam implantar na mente da população.

Essas histórias “alienantes” e “lunáticas” não visam apenas mostrar outras formas existentes de viver, mas sim à desconstrução da forma de viver da maioria, e dos princípios e fé que regem a maioria da população, tão desrespeitada nessas novelas. Vejo esses autores brincando de “deuses” ao, através de sua ficção, tentar interferir nas relações sociais e familiares. Essa interferência é apresentada como tendo um intuito nobre; porém, nas entrelinhas, mostram a intenção de descaracterizar e reorientar uma forma de viver que eles julgam ultrapassada, ou simplesmente não concordam. Então, usando seu poder de mídia e sua liberdade de expressão, vão brincando com as vidas humanas. Usando como desculpa o combate ao preconceito, perdem seu direito ao desconstruir o direito do outro, mostrando claramente não uma luta por direitos, mas por poder e interesses.

Então, como pessoa interessada nas transformações sociais e em como elas podem interferir nas relações sociais, nem sempre de maneira saudável, prefiro investigar e ler sobre para saber o que está sendo imposto e o que as pessoas pensam a respeito. Esse conhecimento serve para alertar a sociedade que as novelas têm poder de alienação e que os autores usam esse poder como “deuses”, tentando, por força da manipulação da carência humana, impor ações e comportamentos aceitos apenas por uma minoria, desprezando totalmente os sentimentos das maiorias. Isso gera conflitos e, às vezes, muito mais preconceito, pois tenta usar a força social midiática para impor seus valores criticando os de outrem. Ou seja, interesses travestidos de direitos. Não funciona. É jogo de poder e de interesses.

A maioria desses autores, novelistas e cineastas, por exemplo, realizam seus sonhos e desejos à custa de nossa audiência, fato. Mas eles não percebem que quando há exageros a sociedade tende a se revoltar. A novela que tinha como proposta inicial a discussão da diversidade como realidade social virou mais uma armadilha ideológica e manipuladora para impor desejos e ativismo político, impondo temas não aceitos pela maioria, como a trigamia, a apologia ao aborto e a intolerância e preconceito religioso, mostrando a opinião de um autor que é minoria da minoria, mas que tem poder, e não a opinião da sociedade.

É imposta a opinião de um segmento social militante. O aborto, por exemplo, é condenável para a maioria da população que acredita em Deus. Pesquisas apontam que 80% dos abortos são feitos como um ato de desespero e como consequência da falta de apoio, e não como um direito. Essa luta é falaciosa, de uma militância politica e de um governo que pouco se importa com a saúde mental da mulher, e sim com politica internacional de controle de natalidade e com interesses financeiros.

Preconceito claro contra o sexo feminino

Porém, o aspecto que quero abordar nesta minha crítica à novela “Amor a Vida” é a questão do preconceito claramente escancarado contra nós, mulheres, e a desconstrução do status de uma profissão tão nobre como a medicina. Quando acho que as novelas da Rede Globo já mostraram todo tipo de preconceito e intolerância, novamente me surpreendo. Mas, desta vez, a Globo se superou retratando as mulheres como burras, promíscuas, fanáticas, trapaceiras, psicopatas, fúteis, sem valor moral algum, submissas aos desmandos masculinos e dependentes de amor de um homem homossexual que a humilha; mulheres que traem e que se submetem a traição, onde até a virgem, que seria motivo de uma causa de liberdade de escolha e de discussão da sexualidade sadia, é tratada como uma condição imposta pela natureza e de forma desrespeitosa. Mas tudo em nome de uma liberdade sexual que se confunde claramente com uma libertinagem difícil de ser compreendida, pois não é o que a maioria das mulheres sonha para suas vidas.

Aborto x preconceito religioso

A novela que usa o título “Amor à Vida” zomba e reduz à promiscuidade e falta de ética uma profissão tão nobre como a medicina, que visa, na integralidade de seu objetivo, salvar vidas por amor à dignidade e aos direitos humanos. Fora isso, ainda ridiculariza a religião e seus valores, promovendo aborto disfarçado de direito da mulher. Ou seja, levanta de forma irresponsável uma bandeira de direito ao aborto, impondo à religião a culpa pela morte de mulheres que fazem aborto clandestino e, tudo isso em nome do “amor à vida”. Paradoxal, não? Só uma pergunta e o amor à vida do bebê? Quem defende e faz Merchant?

Mais um caso de trigamia; já é lugar comum nas novelas da Globo

Há  tempos venho chamando atenção e criticando como a Globo, através de suas novelas, tenta impor conceitos usando o fenômeno mental de alienação e indução psicológica. Com isso, tenta reorientar a sociedade destruindo valores familiares e colocando a trigamia (casal entre três pessoas) como possível e aceitável, deixando clara sua posição machista frente às mulheres. Sempre é um casal formado por dois homens, e uma mulher para gerar seus filhos. Quer posição mais preconceituosa e machista? Essa é uma tentativa clara de fazer a sociedade aceitar esse tipo de relacionamento onde, nós, mulheres, seremos usadas como objeto para procriação. Todas as novelas da Globo nesse horário têm apresentado, pelo menos, um caso de trigamia ou bigamia; o que pretendem?  Será falta de criatividade? Não, povo. E que, como a maioria da Globo, quem comandam esse seguimento é homossexual ou militante, e estão militando em causa própria. Isso é ético?

Mulher, para o autor, é objeto de uso para casal homossexual

Nesta novela, especificamente, observem como nós, mulheres, somos tratadas pelo autor. Só servimos para parir (gerar filhos), para realizar o desejo de um “casal” homossexual de ter filhos biológicos. Ou seja, neste caso, a gravidez é homenageada e respeitada porque vai servir aos desejos de um grupo social. O autor nos usa para realizar desejos de terceiros e ainda coloca de maneira a reforçar que seria um ato de amor da mulher aceitar essa “missão” e, de quebra, ainda coloca a mulher como objeto e, literalmente, sem personalidade. Acho, sinceramente, que o autor está se vingando de nós mulheres; nunca vi tanta mulher mal amada, alienada, burra, vagabunda e sem caráter em uma só novela. Até a mocinha é sonsa.

Apologia à barriga de aluguel

Claramente o autor, Walcyr Carrasco, manipula brilhantemente as massas pela emoção, manipula a verdade e, subliminarmente, induz ao erro fazendo apologia à barriga de aluguel, que é ilegal, nos fazendo acreditar que se trataria de uma “barriga solidária”. No entanto, deixa claro que as dívidas da “amiga da barriga” serão todas pagas, como um ato de amor e gratidão por quem recebe este bebê. Ou seja, o autor ensina, na cara dura, como comprar um serviço de barriga de aluguel, deixando transparecer que se trataria de um ato de solidariedade.

A sociedade, desavisada de tanto ver essas cenas veiculadas com choros emocionantes, pela via da afetividade, com música romântica ao fundo, se emociona e pensa: “porque não”? E assim, autores homossexuais e ativistas vão impondo suas vontades e desejos, reorientando a sociedade para benefício próprio e sem se preocupar com outros detalhes importantes como, por exemplo, a gravidez dessa mulher, o risco e o futuro dessa criança, que não pediu para ser gerada dessa forma. Não podemos perder a noção de dignidade humana; não podemos, para acabar com um preconceito em relação a uma orientação sexual, por exemplo, destruir outra orientação de identidade e sexo. O que questiono é essa manipulação da realidade, que tenta acabar com um preconceito destilando ódio e preconceito a outras situações. Onde isso é contribuição social?

Nessa trama, a mulher sempre é a “biscateira”, psicopata, burra ou alienada. Os homossexuais, por sua vez, são os bonzinhos que merecem ter uma família e então corrigem o que em sua concepção é uma injustiça social colocando nós, mulheres, como parideiras, como seres inferiores, como a terceira pessoa nesta relação, apenas para gerar um “brinquedinho” para que o “casal” homossexual possa brincar de casinha, e assim ter uma família como a do heterossexual. Afinal, todos nós temos o direito a ela, não é mesmo?

Só  não entendo onde fica a adoção nisso tudo, ou será que as falas sobre adoção e sobre tirarem crianças maiores (que ninguém deseja) de orfanatos para corrigir as injustiças sociais contra crianças abandonadas que mofam nos orfanatos foram apenas motes da campanha pró-família homossexual?

Deixo claro que não estou falando contra os homossexuais, mas, estou criticando a atitude dessas novelas que sempre colocam a mulher como um ser inferior, e criticando a militância da Globo através das novelas, que age com preconceito declarado e machismo contra as mulheres, e a intolerância contra a religião cristã na maioria de suas novelas; ao contrário da religião espirita, por exemplo, que é sempre tratada com louvor, pois é a religião da maioria dos autores. Agem com proselitismo e ainda nos criticam. Aética perdeu o sentido e somente serve para nos acusar de não termos nenhuma.

A confusão do autor acerca da homossexualidade

Vejo em todos os lugares comentários de gays sobre “Felix, a Bicha Má” (interpretada brilhantemente pelo ator Mateus Solano), e o quanto as pessoas, na sua maioria gays, vibram todas as vezes que ele chama sua secretária de “cadela”, ou quando faz piadinhas com a religião, ou quando humilha as evangélicas da novela que, claro, são mulheres feias e fanáticas, ou ainda quando engana sua esposa, e ainda cobra fidelidade, mesmo tendo traído a mesma com vários homens. É notório perceber na trama o machismo do autor, que coloca a mulher que chama o marido de “bicha”, dentro de um contexto de raiva e de indignação pela traição, como preconceituosa, induzindo os telespectadores da novela a, apesar do péssimo caráter do tal personagem Felix, achar que ele é a vítima porque é um gay preterido pelo pai, e que se casou para contentar o pai, que é preconceituoso e machão, o que o daria todo o direito de trair a mulher, e de cometer crimes, blá blá blá…

O autor tenta mostrar “Felix, a Bicha Má” como uma vítima que se trancou no armário para contentar o pai, e que deixou de existir como pessoa. O autor vai ainda mais longe e está tentando explicar, manipulando as emoções dos espectadores, as maldades de Felix como sendo consequência da opressão social contra os gays. Só me pergunto: e se a moda pega? Vamos ter que privilegiar e tolerar crimes de todas as pessoas que se acham vitima do tal “armário” e/ou da sociedade?

Inveja do autor ao sexo feminino seria um ato falho,  projeção, ou pura manifestação de pré-conceito?

Vejo essa novela como uma manifestação da inveja do sexo feminino, tentando nos transformar “parideiras”, “biscateiras”, “psicopatas”, “despersonalizadas”, “sem moral” ou “fanáticas”; declaradamente para satisfazer, no final das contas, aos homens machões da novela, sejam hétero ou gays. Mostra uma mulher “burra  e interesseira”, sem personalidade e com problemas emocionais, sendo objeto de uso do homem e correndo atrás de dinheiro e status, como se toda mulher tivesse essa personalidade esse caráter.

Walcyr Carrasco é um excelente autor, não podemos negar. Mas essa novela mostra claramente uma “revanche”. Ele parece estar se vingando de nós, mulheres, mostrando o que realmente somos para seu mundo: objetos, seres inferiores criados para servir aos desejos masculinos antes era aos heterossexuais e, hoje, aos desejos bissexuais ou heterossexuais.   E tudo isso por “Amor à Vida”?  À vida de quem?

Homossexualidade para o autor é nascida ou gerada? Que confusão

Ao mesmo tempo em que o autor tenta, em cenas tristes, mostrar que em sua visão fictícia o homossexual nasceu assim, ele se contradiz reforçando a linha freudiana da tríade mãe-pai-filho. Mostra a elaboração negativa do complexo do Édipo (mãe manipuladora, pai ausente, rejeição por parte do pai, identificação contrária dos sexos com os genitores, enfim… uma salada), e depois coloca outro homossexual, casado e que teve relações com mulheres, agora gay e feliz, que trai seu par com uma mulher. Mostra mulheres apaixonadas por um gay que é bom amante… Nossa! Que confusão. Cansei.

Só  mais uma observação à trama: tinha tudo até para ser bom, o autor amarra bem, mas a moral da história é degradante e não vale a pena perder tempo. Já vi o suficiente. O final já até posso adiantar: o Felix, a “bicha má”, vai passar de vilão – assassino, ladrão, covarde e psicopata – a um coitadinho que será perdoado por todos seus crimes porque foi rejeitado, porque é vitima do tal armário familiar e social. A cena será bem emocional, com um fundo musical e um diálogo para causar remorso na sociedade por não aceitar os diferentes. O tal Felix vai pagar por seus erros, mas, claro, a pena será atenuada; afinal, ele é homossexual e terá privilégios.

O casal gay terá o tal filho e, como é de praxe nas novelas da Globo, vão terminar em um casamento a três (trigamia), com dois gays (homens) e uma parideira (mulher). Querido Walcyr, já está chato em toda novela ter esse tipo de relação. Seria falta de criatividade, ou imposição de um novo conceito de família? Um conceito de família que vocês acham normal.

Nenhuma mulher na vida real quer ser objeto sexual de um homem ou barriga de aluguel para homossexuais. Chega dessa manipulação. Para nós isso é preconceito e falta de respeito à maternidade, que é muito mais que isso e que é dada a nós, mulheres, independente de nossa orientação sexual. Entende?

Voltando ao “Felix, a Bicha Má”,  acredito que  o autor deveria colocar esse pai fazendo às pazes de verdade com o filho, independente da aceitação de sua orientação sexual, sem hipocrisia.  Isso sim seria legal: amar além do comportamento. Mas essa tentativa de  induzir  a noção de que os  hétero são maus e os homossexuais são bonzinhos e vítimas é surreal, pois o ser humano pode ser mau e bom. Isso depende de sua criação e caráter, não de seu sexo ou orientação sexual.

Para encerrar, creio que a censura devesse estar mais atentas aos horários  dessas novelas, pois, neste horário, crianças estão assistindo a essa novela.  Pelas cenas e pela promiscuidade que propaga “Amor à Vida” deveria  passar na madrugada e o autor deveria fazer terapia para descobri o porquê de todo esse desdém por nós, mulheres, que  temos o dom de gerar vidas.

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