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Nota de Esclarecimento sobre minha entrevista ao Jornal O Dia intitulada: “O Papa sai fortalecido da vinda ao RJ”

*por Rubens Teixeira

Fui procurado, por telefone, pelo Jornal O Dia, do Rio de Janeiro, para falar sobre a vinda do Papa ao Brasil. Como sempre faço, busco colaborar com a imprensa, pois entendo que prestam valioso serviço à sociedade.  A entrevista foi publicada no Informe O Dia, em 29 de julho de 2013, exatamente no dia que escrevo este esclarecimento. Fui indagado sobre algumas questões e o repórter expôs um resumo dentro do foco que ele quis dar à matéria. Acredito que tenha feito o melhor que pôde. Contudo, como pastor evangélico, acho-me na obrigação de enfatizar alguns pontos que esclareci na entrevista e que não foram selecionados para compor a matéria.

Primeiramente, não havia como eu me furtar de ser honesto e admitir a importância, para a Igreja Católica, da vinda do papa, seu líder internacional, ao Brasil. A presença do pontífice, como observamos, aumentou o fervor dos religiosos. O líder do Vaticano, como ficou visível, é carismático e isso certamente o ajudará a obter apoio para realizar as mudanças que pretende na Igreja Católica.

Deixei claro também que, do ponto de vista de defesa política dos princípios cristãos, como a posição contrária ao aborto e outros temas também defendidos por evangélicos, a Igreja Católica, seja através de seu líder, da CNBB e dos padres, com a vinda do papa ao Brasil, tornaria estas posições mais evidentes, pois certamente o fervor dos católicos seria elevado e os tornariam mais sensíveis à defesa dos princípios cristãos reforçados pelos seus líderes. Não podemos deixar de considerar que o Brasil tem maioria católica e que a opinião do Papa influenciaria, em muito, a opinião dos parlamentares devotos dessa religião. A Igreja Católica tem defendido de forma sistemática e contínua princípios cristãos relacionados à vida e à família, não só no Brasil como em todo o mundo. Isso ajuda a frear a fúria contra os cristãos de um modo geral.

Quando perguntado sobre a questão do crescimento evangélico, destaquei diferenças doutrinárias com relação à Teologia Católica e a Evangélica. Apontei que a Igreja Católica dá ao Papa (clero), ao Catecismo e à Bíblia um status de autoridade para a formulação da doutrina religiosa; os evangélicos dão essa autoridade somente à Bíblia. Enfatizei que a Bíblia Católica era semelhante à evangélica, mas contém sete livros a mais, considerados apócrifos e que não fazem parte do cânon sagrado. Reforcei que a Igreja Católica utiliza santos como intermediários para acessar a Deus e que isto era visto pelos evangélicos como idolatria, pois o único caminho para se chegar a Deus é Jesus Cristo, como o próprio Senhor definiu (João 14.6).

Enfatizei também que a ordem de Jesus, de ir e pregar o evangelho a toda criatura (Marcos 16.15), é determinada a todos os seus seguidores, e não apenas a um grupo restrito, no universo cristão. Cada evangélico sente sobre seus ombros essa responsabilidade e muitos procuram levá-la adiante. Isto faz com que a pregação seja descentralizada, atingindo, assim, pessoas diversas, aonde nem mesmo a instituição igreja chegaria. Outro fator que facilita o avanço do número de evangélicos é a atuação descentralizada das denominações evangélicas, que dá maior abrangência ao alcance da pregação dessas igrejas, o que aumenta as possibilidades de expansão do número de evangélicos no Brasil.

Tenho a plena consciência de que Deus ama católicos, evangélicos e ama a todas as pessoas. Quer salvar a todos. A Bíblia diz que a salvação é através de Jesus (João 3.16 e 14.6). Diz que devemos julgar a nós mesmos ( II Coríntios 11:31) e proíbe julgarmos aos outros (Mateus 7.1). Diz que Deus é contra qualquer espécie de idolatria (Deuteronômio 5.8, Salmos 115), sejam as praticadas por católicos, por evangélicos ou por quaisquer outras pessoas que eventualmente coloquem qualquer coisa ou pessoa no lugar daquele que sofreu humilhações e violências terríveis, indo até a morte, e morte de cruz para nos salvar (Filipenses 2.5-11), mas ressuscitou ao terceiro dia. Ninguém e nada substitui o Senhor Jesus. Quem faz isso, de qualquer religião, é idólatra e Deus reprova veementemente este comportamento.

A entrevista a que me referi está disponível no link a seguir:  Informe O Dia.

* Rubens Teixeira, Bacharel em Direito (UFRJ – aprovado para a OAB/RJ), Teólogo, membro dos Juristas de Cristo, doutor em Economia (UFF), mestre em Engenharia Nuclear (IME), pós-graduado em auditoria e perícia contábil (UNESA), Engenheiro de Fortificação e Construção (IME), bacharel em Ciências Militares (AMAN), pastor, professor, escritor, radialista, membro da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra e da Academia Evangélica de Letras do Brasil.

Rubens Teixeira

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