Com a morte do ex-governador do Pernambuco e neto do também ex-governador, Miguel Arraes, Eduardo Campos, 49, uma nova conjuntura política se estabelece no tabuleiro nacional. Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto e alvo de críticas por sua aproximação com a ambientalista Marina Silva, Campos buscava crescimento amparado em projetos tidos como “populistas” e com pouca viabilidade econômica. A morte, em Santos, põe fim a uma campanha acanhada e abre espaço para um possível encabeçamento de chapa, pela única e virtual candidata à Presidência da República: a evangélica Marina Silva.
Mesmo com certa resistência localizada, e diante de um quadro político interno limitado, a ex-ministra Marina Silva pode ser levada a disputar a Presidência pelo PSB. Cairia como uma hecatombe na atual conjuntura de candidatos, com um Aécio pouco convincente e uma presidente em contínua queda desde as Jornadas de Junho. Com sua imagem fortalecida pela última eleição ao Planalto, em 2010 – ano em que alcançou 20 milhões de eleitores e levou as eleições ao segundo turno -, Marina Silva imporia um novo ritmo, capaz até mesmo de colocar em risco à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Outro fato que pode pesar a seu favor será a comoção nacional.
Com Marina como candidata até mesmo votos quase certos ao Pastor Everaldo poderão ser direcionados a ela. Mesmo não alcançando à Presidência, pela primeira vez na História do Brasil duas mulheres poderão disputar a atenção dos eleitores em um segundo turno, em uma disputa extremamente apertada. Os próximos dez dias apontarão o caminho a ser tomado. Esperemos!
O Brasil chora a perda do pernambucano e, sobretudo, brasileiro, Eduardo Campos.