Colunas

Missões e Aborto

“Agora que eu vi sou responsável. A fé sem obras é morta.” É isso o que diz o refrão da canção Albertine de Brooke Fraser, expressando a reação da cantora ao tomar conhecimento do genocídio de Ruanda.

Essa canção tem permanecido em minha mente nos últimos dias, pois recentemente também conheci um genocídio frente ao qual não posso me calar, caso contrário, carregarei sobre mim a culpa do sangue inocente. Refiro-me ao Holocausto do aborto, que tem ceifado anualmente a vida de cerca de 42 milhões de bebês, sendo essa a maior arma de destruição em massa desenvolvida pelo ser humano em toda a História.

Eu sempre tive a plena convicção de que o aborto é um assassinato e sabia que a Igreja deveria levantar-se contra ele do mesmo modo que deve sempre se levantar pela vida humana, uma vez que todo ser humano foi feito à imagem e semelhança de Deus e por isso precisa ter a sua vida preservada. Entretanto, eu não podia compreender a gravidade do aborto até ler o livro Sangue Inocente do John Ensor e perceber a estratégia de Satanás através do aborto.

Como já escrevi aqui diversas vezes, para que Jesus retorne à Terra e consume a História, faz-se necessário que o Evangelho seja pregado aos Seus eleitos de todas as nações. Satanás, mais do que nós tem consciência disso, mas assim como nós não conhece os eleitos e por isso tenta o tempo todo retardar a pregação do Evangelho, a fim de “atrasar” a vinda de Cristo e consequentemente o seu julgamento e prisão eterna no lago de fogo. Assim, ele se utiliza do aborto para tentar aniquilar os eleitos e os que levarão o Evangelho às nações antes mesmo que eles nasçam. Isso é visto claramente ao longo de toda a Bíblia: no Êxodo com a tentativa de Faraó de matar todos os meninos hebreus; no decreto de Herodes após o nascimento de Jesus, visando aniquilar o messias e por fim em Apocalipse 12 que narra a perseguição do dragão à mulher grávida no deserto.

Nos nossos dias o Evangelho tem se espalhado como nunca antes e a globalização tem proporcionado à Igreja os recursos necessários para findar a Grande Comissão. Exatamente por isso o Diabo tem se utilizado tanto da estratégia do aborto nos nossos dias. Ele tem feito isso cauterizando a mente das pessoas, fazendo com que o aborto seja visto não mais como um crime, mas como algo essencial à sobrevivência humana. O lobby feminista juntamente com governos de esquerda e defensores do meio ambiente afirmam que o planeta Terra não tem capacidade de suportar o grande aumento populacional que temos vivido, sendo necessário, portanto, controlar as taxas de natalidade, fazendo do aborto uma política pública. A qual não tenho dúvidas que saiu diretamente do inferno. Por várias razões científicas é possível afirmar que tais premissas são falsas, sem falar que são diretamente contrárias ao mandamento bíblico de “crescer e multiplicar”.

A China, por exemplo, é praticamente o maior país cristão do mundo, experimentando hoje um dos maiores avivamentos de toda História. Os cristãos chineses afirmam que Deus tem os abençoado a fim de que eles terminem a Grande Comissão levando o Evangelho de volta à Jerusalém, ultrapassando as fronteiras do Islã, Hinduísmo e Budismo, já que são basicamente esses os povos não alcançados. Entretanto, o governo comunista chinês tem uma rígida política de controle populacional, a qual só permite que as mulheres chinesas tenham um único filho. O governo gaba-se de anualmente assassinar 400 mil crianças, o que acarreta também o suicídio de cerca de 500 mulheres.

É por isso que a Igreja não pode mais ficar indiferente ao aborto. Apesar de todos os absurdos que temos visto a Igreja do Brasil fazendo, creio que Deus tem um remanescente fiel que cresce a cada dia em nossa nação. O Diabo sabe bem disso e sabe do papel que o Brasil pode desempenhar no cumprimento da Grande Comissão. É por isso que tem utilizado tantos movimentos feministas e gayzistas que querem a todo custo implementar a cultura de morte do aborto em nossa sociedade. Soma-se a isso o governo esquerdista do PT que é abertamente a favor do aborto, a própria Ministra do governo Dilma para defesa dos direitos das mulheres não apenas defende o aborto como afirma já ter realizado mais de um.

A questão do aborto não é simplesmente mais um item da agenda política conservadora de Direita, mas um crime que a Bíblia condena e contra o qual a Igreja deve levantar a voz. Meu coração é tomado de desespero sempre que leio as ordens de Deus ao Seu povo em Levítico 20. Deus afirma que qualquer israelita que matasse um de seus filhos em sacrífico a outros deuses (naquela época a estratégia do aborto de Satanás se manifestava dessa forma), deveria ser morto e caso a comunidade dos fiéis não matasse esse homem, eles é quem seriam os culpados pelo sangue daquelas crianças. Por isso, Deus traria juízo sobre eles. A Lei de Deus não mudou e isso deveria realmente despertar em nós um santo temor. Deus é soberano e cumprirá os Seus planos para as nações apesar de nós. Mas estejamos cientes que Ele também nos julgará pelo sangue das crianças que tem sido abortadas em nossa nação caso permaneçamos em silêncio.

“Apressar” a vinda de Jesus é cumprir a Grande Comissão e fazer missões. Mas isso também se faz lutando contra o aborto e as estratégias do inferno!

Sair da versão mobile