Enquanto a chuva torrencial caia pela cidade transformando areia em lama, seguíamos rumo às visitas e as entregas dos mantimentos. Todos estão felizes com a chuva. Mas a estrutura dessa cidade é precária. E com a chegada dos milhares de refugiados as coisas tem ficado mais difícil. Por outro lado, a chuva traz consigo um frio que não é como o frio da Europa nem tampouco da América. É o frio de uma região que não conta com árvores, bosques ou até mesmo florestas que possam equilibrar a temperatura. São apenas quilômetros de montes e vales de areia que nos cercam trazendo uma sensação gelada que atinge a “alma”.
O povo continua clamando por ajuda. Finalmente os aquecedores chegaram, mas não pudemos começar a distribuição. Agora faltam as mangueirinhas para os botijões de gás…
No meio dessa nova estação continuamos trabalhando. Hoje mais uma vez pude contar com a ajuda dos jovens estagiários. Ainda me impressiona o fato de estarem aqui sendo que seus países de origem possuem políticas divergentes ou apáticas em relação à Síria.
Um jovem casal da Inglaterra me disse que apesar do Cristianismo secularizado que existe em seu país, há uma igreja viva que é atuante e missionária. Sam de 23 anos é natural de Londres. Ele e sua esposa Heather se conheceram na Freedom Church de Preston (Igreja da Liberdade). Esta é sua igreja local e enviadora. Antes de virem para o Oriente estavam envolvidos em vários projetos com a comunidade. Quando lhes perguntei sobre a situação das várias igrejas inglesas que estão fechando e são transformadas em Pubs eles me disseram: Sim, isto é verdade. Porém, ao mesmo tempo estamos vendo o despertar de uma nova geração de líderes apaixonados por Deus.
Como foi um alívio ouvir isso e saber que quando o Senhor diz “de todas as nações”, realmente é “de todas as nações e em todas as gerações”. Contudo, ao mesmo tempo penso: Onde estão os jovens brasileiros que estão atendendo ao clamor das nações, especificamente respondendo ao clamor dos refugiados da guerra?
Queridos, como disse continuamos trabalhando sem cessar seja debaixo de chuva ou debaixo de sol. Tenho visto o milagre da provisão de Deus a cada dia. Agradeço em nome desse povo. É difícil comentar a felicidade que eles tem ao receber mantimentos e o nosso carinho. A maioria não tem de onde tirar dinheiro. Mas lembre-se: isto não é um trabalho de caridade. É uma janela de oportunidade!
Por favor, ore por meu visto. Creio que ainda é tempo de ficar aqui…
Ore pela igreja local desta nação que Não é livre e Não permite a liberdade religiosa!
Ore por provisão e contribua!
Com toda a minha gratidão receba meu abraço “gelado”.
Da sua irmã do deserto,
Raquel Elana
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