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Louve a Deus pelos pastores Gordos!

Pastor Feliciano Amaral, mesmo idoso, continua ativo na Obra

Lucinho Barreto, André Valadão e Ana Paula Valadão são apenas algumas das celebridades Gospel que no Brasil dão grande importância a imagem pessoal em seus ministérios. Desde a forma como se vestem, as roupas produzidas por suas marcas até os “amáveis” conselhos aos pastores gordos (vamos jejuar para emagrecer) a essência de sua pregação é permeada pelo Evangelho da Imagem: um sub produto do Evangelho da Prosperidade onde o “parecer” torna-se tão importante quanto o “ser”. Neste Evangelho não há espaço para gordos, obesos, idosos ou feios. O ministro tem que estar na moda. Como todo o lixo que aterrisa em terras brasileiras, este tipo de (lixo) pensamento também veio da América do Norte, tendo como um dos seus maiores defensores, Joel Osteen, um jovem pregador, magro, barriga tanquinho, riquíssimo graças ao Evangelho gerador de grandes polêmicas e heresias.

O texto abaixo é uma tradução de Jared Wilson e explica bem porque em dias como os nossos é melhor ter um pastor Gordinho do que um que ama demais a sua própria imagem no púlpito. Confira!

Louve a Deus pelos pastores Gordos!

Bom, mais ou menos.

Um dos maiores homens no qual minha esposa e eu tivemos o privilégio de sermos pastoreados, costumava usar calças com a cintura tão alta que o cinto praticamente encostava no peito. Ele parecia um idiota. Na verdade, quando subia no púlpito sua aparência tornava-se uma distração. Um dia, um dos caras mais antenados da igreja resolveu falar em nome do grupo. Chamou o pastor num canto para lhe dar uma dica de como vestir suas camisas para o lado de fora da calça. O pastor ouviu o conselho do rapaz, e realmente deixou de ser uma grande distração no púlpito.  No entanto, o que eu mais amava no meu pastor era o fato dele não ter a mínima noção de moda. Tenho certeza de que ele pensava que se vestia bem: não andava despenteado, só não andava na moda. Mas é óbvio que se preocupar com sua imagem não era sua prioridade.

Por outro lado, costumava encontrar outro pastor local num restaurante na mesma cidade. Ele estava com uns 60 anos e se vestia como um garotão: jeans bordados, camisetas temáticas, algemas de couro e cabelos com gel. Querendo parecer legal, ele se tornou um tolo.

Na era do Pastor Metrossexual e dos sermões que proíbem o consumo de carne de porco à serviço do evangelho da Perda de Peso, nada é mais “judaizante” do que pregar a lei da dieta, exceto, talvez pregar a circuncisão. Em tempos assim, pastores que não se preocupam com a sua imagem, o seu perfil ou com sua reputação parecem mais dignos.

Agora, é claro que isso não quer dizer que devemos descuidar dos nossos corpos e da nossa saúde geral. Não tenho nada contra Joel Osteen, com sua barriga chapada.  Só tenho problema quando ele prega sobre isso. Ele é, talvez, a maior fonte desse tipo de sermão superficial na América.  Quero dizer, não importa o quanto ele promete abundância em seus sermões, pois o evangelho que prega é um dos mais fracos que já vi.

O amor à imagem e a superficialidade da vida vai matar a alma, roubando nosso oxigênio espiritual como a cinta do Dr. Hollywood. O homem olha para a aparência externa, é claro, e é disso que esse tipo de gente tem medo. Essa gente é quem eles tentam agradar. Quando Paulo adverte em Filipenses 3:19 contra aqueles cujo deus é o ventre, é para nós hoje como um alerta tanto para os viciados em academia quanto para os viciados em chocolate.

A busca pela imagem perfeita não é nova. Podemos ter a pele mais maravilhosa, mas não podemos fazer muito no túmulo.

Não acho que você precisa de mim para listar todas as evidências de que o evangelicalismo americano é obcecado pela imagem. O que nós precisamos é de homens (e mulheres) que liderem o caminho de rejeitar o Photoshop da fé. Seria um grande alívio. Respiraríamos aliviados se nos ensinassem a parar de nos matar em busca da imagem perfeita. Não seria esse tipo de liberdade para respirar – a liberdade de simplesmente ser nós mesmos – o fruto do Evangelho?

Não estou defendendo a gula aqui, apenas um auto-desprezo, um não-auto- consciência dos deuses do ventre. Oro por um aumento na tribo de pastores que se esquecem da importância de suas imagens, que sejam meio fora de moda ao se vestirem, que sejam sábios e que não amem a sua aparência até a morte. Ou pelo menos que não sejam obcecados com o seu lado que será captado pelas câmeras.

Prefiro um pastor gordo no púlpito, que não prega a si mesmo e nem a lei, mas o glorioso Evangelho de Cristo. E se você tem um pastor com barriga tanquinho que faz isso, bem, isso é muito bom, também.

… Ele não tinha forma ou majestade que devemos olhar para ele, e nenhuma beleza que o desejássemos. – Isaías 53:2

Tradução do texto de Jared Wilson para o blog do The Gospel Driven Church

Tradução: Raquel Elana

 

 

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