“Não creio que o povo americano tenha que temer o Irã. Eles não representam ameaça para nós. Eles não possuem 1 bomba nuclear, não tem os meios para construí-la. Israel no entanto, possui 300 bombas nucleares e nunca admitiu inspeção em suas instalações… Não há razão para uma guerra… há aqueles que querem a guerra. Se houver uma invasão, as consequências serão desastrosas…(referindo-se a intervenção Russa, a 2ª ou 3ª maior potência bélica do mundo, que não apoia a interferência americana no Oriente). Lembre-se do que aconteceu ao Iraque…” –
Pat Buchanan
Estrategista e analista de guerra, político americano conservador da direita
É noite na cidade do deserto. As ruas vazias e o assobio do vento frio enfeitam o quadro do escuro desta noite sem luar. De vez em quando espio pela janela uma poça restante da chuva anterior. É tudo o que vejo no terreno a frente. Difícil acreditar que apesar do cenário sereno, 50 km (ou menos) nos separam das batalhas mais sangrentas que o conflito na Síria desenvolve. Entretanto, as notícias cruzam rapidamente a fronteira e nos fazem saber que a destruição e a dor não cessaram.
Após o ataque cirúrgico da força aérea israelense na Síria semana passada, os rumores de guerra se fizeram ouvir de forma ainda mais proeminente. Eu, porém, não tenho mais certeza quem ameaça quem neste jogo político de war propaganda.
Semana passada recebi 1 comentário no meu facebook de um fervoroso fundamentalista creio eu, americano que a respeito do meu trabalho disse: A irmã deveria ler a Bíblia. As profecias já falavam que a Síria seria destruída. Na verdade, o comentário foi muito menos gentil do que isto. Mas o que me assustou não foi a ignorância quanto a Palavra de Deus e seu contexto, porém, a falta de compaixão pelos perdidos das nações que estas palavras expressaram.
Das aberrações dos milhares e milhares de judaizantes enlatados em nossas igrejas, o que mais me assusta é isto: quando celebram em rituais a Arca da Aliança, reconsagram em dias festivos o Templo de Salomão, beijam e ungem a Bandeira do Estado de Israel, proclamam no melhor estilo Old Testament a morte e a destruição dos “inimigos” e executam todo tipo de simbologia pagã banhada na herança babilônica. Sua histeria (o que chamam de unção) é primária. Sua obsessão por dinheiro é conhecida. Seu desejo pela guerra é odioso. De forma fanática proclamam um amor farisaico ao Estado de Israel, nem que precisem desejar a morte de milhões de árabes para que o Estado prevaleça (mas será que ninguém vê que este não é o Evangelho de Jesus Cristo, o pobre Nazareno?).
Quem sabe este realmente é o tempo do fim e a cegueira já afetou muitos. Afinal, neste Tempo o amor de muitos esfriaria:
Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mateus 24. 10-12
Para mim o maior sinal da presença do Espirito Santo na vida de alguém continua sendo a compaixão, um dos significados da palavraamor. Foi por isto que Jesus morreu. Por amor as tribos de todas as nações da terra, sem exceção e sem exclusão. O coração dele bate por todos, da China, a Arábia Saudita, da América ao Irã. Se, temos Jesus no coração e não amamos como Ele, há algo errado.
Não estou generalizando, pois amo o povo Judeu e respeito minha herança. Eles também carecem de salvação. Amo a terra onde o sangue do meu Senhor foi vertido. Aqui não me interessa polemizar e muito menos discutir política. O que me interessa são os milhões que estão indo para a matança. Eles estão no Brasil e no mundo. Alguns, como os refugiados da Guerra da Síria, enfrentando as situações mais calamitosas da face da terra. É só disso que estou falando. Ore por nós! Apaixone-se pelos perdidos das nações. E demonstre seu amor na prática. Envolva-se! Para eles, é só uma questão de tempo até que seja tarde demais.
Com amor,
Sua irmã, Raquel Elana
Escrevendo da fronteira.