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Igrejas à “moda do freguês” não podem pregar o evangelho completo!

O que muita gente almeja é uma igreja que: satisfaça suas vontades (2 Tm 4:3), atenda suas preferências; os aceite como estão (mesmo que em pecado), funcione como querem, pregue o que gostam, incentive seus desejos, façam-nos sentir realizados, nutra sua gana, lhes proponha conquistas, prometa soluções rápidas, alimente o seu ego, assimile seus modos e os faça encontrar culturalmente a sua tribo. Essas igrejas a “moda do freguês” e que pregam evangelhos personalizados existem e estão disponíveis no cenário religioso de nosso país. A questão é que nem sempre sentir-se bem num lugar que parece ser a igreja de nossos sonhos cumpre com os reclames doutrinários e as exigências morais e espirituais da Palavra de Deus (Mt 7:21-23) e é exatamente nesse ponto que muitos cristãos geram e encorpam um cristianismo medíocre e crescente.

Têm crentes que vivem de fantasias, difundindo conjecturas, disfarçando encantos, elucubrando mantras evangelicais, idealizando loucuras, sendo omissos e libertinos (2 Tm 2:3-4); uns montões se tornam adeptos de roupas e saias compridas, já outros suportam toda a indecência do mundo; uns são contra o divórcio, alguns aprovam o novo casamento sem exceções; uns aceitam mulheres no ministério pastoral; alguns utilizam sal grosso, rosas e objetos consagrados em seus cultos; outros crêem na atualidade dos dons espirituais, enquanto que outros não; têm aqueles formais, “gelados” e escravos de um culto com liturgia ensaiada, em contrapartida há outros que não tem a menor idéia do que vai acontecer em suas reuniões por tanta “efervescência espiritual” borbulhando no ambiente com gente caindo, dando gargalhadas, correndo de um lado para o outro e etc.

O crente é criação e reflexo de sua igreja local e a pergunta inquietante é? Quais são as igrejas que estão pregando e ensinando a seus integrantes todos os ensinos da Palavra de Deus em meio a esse emaranhado teológico, ideológico e cultural de nossos dias? Resposta não muito fácil, pois todas as igrejas correm o risco de negligenciarem alguma parte dos ensinos bíblicos (Ap 2:1-7; 2 Tm 2:2; Mt 5:19); e isso se dá quando em suas exposições oficiais e regulares é dada maior ênfase a uma particular doutrina ou interpretação em detrimento de outras que também são importantes e necessárias (fazendo isso apenas para levantar uma bandeira distintamente denominacional). As igrejas desta nação precisam cumprir o papel neotestamentário de serem a coluna e a firmeza da verdade (1 Tm 3:15), e esse é o grande desafio em dias tão desanimadores e com poucas referências convincentes.

Biblicamente não existe “evangelho incompleto” ou variante (At 20:27; 2 Tm 3:16; Jo 17:17); o que existe são doutrinas de homens (Mt 15:9) e até de demônios (1 Tm 4:1) que ignoram posições claras da Palavra de Deus, subtraindo admoestações e substituindo-as com irreais promessas de bonança, espalhando pedras de tropeços, prendendo pessoas a heresias e desenvolvendo estultícia religiosa que conduz a perdição (Ap 22:18-19). É ilógica a tentativa de submeter ensinos da Palavra de Deus ao nosso modo de vida cada vez mais temporal, secular e horizontal, extinguindo o cumprimento de mandamentos óbvios e neutralizando ensinos e conseqüências que as Escrituras expõem e asseveram sobre os nossos atos e escolhas (Gl 4:7).

Quem quiser seguir a Jesus terá que renunciar a si mesmo, deverá abdicar de seus “direitos”, abrir mão de sua vontade, humilhar-se, perdoar que lhe ofende, considerar os outros superiores a si mesmo, amar a inimigos, fazer o bem, ser bom marido, pai e cidadão, não se prostituir, não adulterar, furtar ou mentir, viver na contra-mão do mundo pois viverá uma vida justa e santa. Enfim isso é um pouquinho do que o verdadeiro evangelho nos propõe. Que Deus nos ajude a vivê-lo! (Fp 2:15)

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