Colunas

Globo faz crianças de ‘escudos humanos’, usando os gays, com o silêncio dos seus parceiros

Por @RubensTeixeira*

Depois que li a matéria “REDE GLOBO e o ‘beijo gay’. Sete crianças entre 6 e 9 anos foram autorizadas a assistirem ‘beijo’”, assinada por Paulo Teixeira, colunista deste site, em seu blog Holofote.Net, fiquei completamente perplexo. Não quero aqui desferir um ataque direto à emissora, apesar de já sabermos qual seu perfil, valores e entendimento a respeito de diversas questões relacionadas à família e à vida. Entretanto, muito me incomoda que as pessoas tenham tanta liberdade para manipular crianças psicologicamente, sem que haja qualquer entrave.

Tratar qualquer ser vivo com indignidade não é da natureza de pessoas equilibradas. Principalmente quando temos a plena noção de que, quanto mais discernimento e inteligência têm esse ser vivo, mais doloroso é o processo que ele sofre. Uma criança é um ser inteligente em formação. Não está pronta para se expor a determinados temas incompatíveis com a sua idade. Por outro lado, adolescentes, jovens e adultos também não apreciam determinadas coisas ou, se expostos a elas, podem sofrer prejuízos psicológicos também.

Contudo, esta emissora e outras entidades, de mídia ou não, em suas agendas de ativismo homossexual, não medem esforços para tentar enfiar goela adentro o que eles ‘acham melhor’ para a sociedade. A Globo sabe que detém boa parte da audiência e isso lhe garante que terá boa visibilidade ao colocar algo no ar. Uma programação apresentada naturalmente, sem pauta previamente conhecida pelos telespectadores, deixa-os ‘desarmados’ e tira-lhes a capacidade de análise plena de uma ‘cena’ ou ‘tema’ que lhes sejam apresentados, a menos que este telespectador seja um ‘expert’ na matéria ou tenha posição formada sobre o que está assistindo.

Uma criança, ou um adolescente, por exemplo, não tem esse discernimento amadurecido completamente, na maioria dos casos. Quando a emissora apresenta abruptamente estas cenas, pega esses menores de surpresa e pode deixá-los marcados para toda a vida pelo trauma que é ser colocado, com autorização dos pais, em uma exposição deste nível na TV. Alguém pode alegar que ‘os pais são responsáveis pela educação dos filhos e autorizaram’. Se isso não tivesse limite, um pai poderia também autorizar um filho ou uma filha menor a participar de um ambiente não indicado para eles, seja pelos riscos, seja por qualquer outra forma de incompatibilidade, como, por exemplo, participar de uma competição em alto mar ou mesmo assistir a uma orgia sexual.

Conheci e conheço vários homossexuais. Dentre esses, como na maioria dos cidadãos, vejo um esforço de serem equilibrados e levarem suas vidas com discrição. Os homossexuais e heterossexuais que convivem comigo sabem que sou cristão e que, por isso, creio exatamente como diz a Bíblia com relação a todas as práticas que qualquer pessoa possa ter. As Escrituras Sagradas não possuem um rol exaustivo do que venha a ser pecado, e todos nós estamos sujeitos a cometer uma ação que desagrada a Deus. Se a fizermos, devemos nos arrepender e deixar o erro. Em Provérbios 28:13 diz “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”. Essa é a visão daquele que serve a Cristo.

Confesso que me sinto incomodado com cristãos atuantes que ‘surfam nas ondas da Globo’ e deixam suas eloquências e coragens de lado nestas horas, fingindo-se de cegos, surdos e mudos. Este evangelho de conveniência explorado comercial e politicamente não é o Evangelho de Cristo, mas sim um serviço para o adversário das nossas almas, pois estamos rodeados de uma ‘tão grande nuvem de testemunhas’ (Hebreus 12:1) que esperam de nós coerência.

Todavia, a maioria das pessoas defendem o respeito às crianças e jamais gostariam de ver um filho, filha, sobrinho, sobrinha, ou qualquer outro menor sob sua responsabilidade sendo exposto, livremente, a uma situação tão exagerada como esta. Uma postura dessa tende a colocar os mais desavisados contra todos os homossexuais, que na verdade não têm responsabilidades sobre isso. A responsabilidade é de quem participou de alguma forma da produção e apresentação, sobretudo a emissora.

Da mesma forma que, como pai, exijo respeito aos meus filhos, tenho que defender e exigir o respeito a todas as crianças. Não adianta argumentar que os pais autorizaram. Há pais que autorizam seus filhos a se venderem a monstros para receber qualquer coisa em troca. Há pais que matam seus filhos e há outros que abusam de seus próprios filhos. Nem em uma demanda judicial em que as crianças sejam obrigadas a falar acerca dos seus pais ou de fatos constrangedores fazem algo tão truculento com elas. Ao contrário, nestes casos, os tribunais cercam-se de cuidados utilizando-se de psicólogos e assistentes sociais para tratar do tema, amenizando os impactos psicológicos sobre as crianças.

No artigo “Tudo pelo prazer sexual: até crianças e fetos”, publicado neste site, denuncio essas armadilhas de pessoas insensíveis que desejam viabilizar o prazer sexual sem responsabilidade com o sacrifício, inclusive, de vidas: . Não devemos permitir que as crianças paguem pelo que não fizeram e nem sofram as consequências dos atos pelos quais não são responsáveis.

A emissora, certamente, tem a intuição de que se fizesse uma pesquisa pública, isenta, e testasse a aceitação dos pais a respeito de expor seus filhos a uma cena como essa a maioria a reprovaria. Daí, escolheu estrategicamente alguns para que realizasse o seu intento. Seria ótimo se divulgasse o perfil dos pais autorizadores e das suas famílias, mesmo que omitisse seus nomes, para que fosse verificado o padrão e estilo de pais e famílias que permitiram seus filhos se exporem a situações tão desagradáveis e ridículas.

Em um mundo cheio pedófilos, inclusive poderosos, pais que matam seus filhos, os deixam se venderem pelas estradas, não é de se surpreender que outros possam autorizar expor a imagem dos seus filhos assistindo a uma cena em que os pequenos, em sua inocência, expressaram seu constrangimento ou, talvez, nojo. Não dos gays, claro, mas do perverso conjunto da obra cujo projeto contemplou irresponsavelmente o uso de crianças como ‘escudos humanos’ para defender o que talvez não conseguem fazê-lo de forma mais inteligente.

* @RubensTeixeira é Bacharel em Direito (UFRJ – aprovado para a OAB/RJ), membro dos Juristas de Cristo, doutor em Economia (UFF), mestre em Engenharia Nuclear (IME), pós-graduado em auditoria e perícia contábil (UNESA), engenheiro de fortificação e construção (IME), bacharel em Ciências Militares (AMAN), professor, escritor, radialista, Membro Titular da Academia Evangélica de Letras do Brasil, ocupante da cadeira 37, e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra e graduado do Haggai Institute Advanced Leadership Training.

Sair da versão mobile