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O sufocante fermento dos fariseus

Ambientes religiosos são muito sufocantes. Viver dentro de conceitos firmados sobre padrões de “pode isso, não pode aquilo” é uma experiência claustrofóbica pra quem um dia foi tocado pela liberdade de Cristo.
Paulo disse que fomos chamados à liberdade e padrões delimitadores da ação humana não têm nada a ver com esse chamado.

Ele mesmo disse “por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens”. Colossenses 2:20-22

Nenhuma pessoa chamada por Cristo pode suportar a experiência auto mutiladora de uma religião cheia de imposições como estas. Fomos chamados à liberdade!
Certa vez, o apóstolo perguntou: “por que razão seria regulada a minha liberdade pela consciência alheia?” (I Coríntios 10:29).
Ora, quando submetemos nossa liberdade abaixo da consciência de outros, seja um mentor, uma cobertura ou uma convenção, então, estamos carregando um jugo que não nos pertence e isto nos sufoca, nos sobrecarrega.

A Palavra deve nos fazer olhar e caminhar para Cristo, para sua revelação, para a manifestação plena e pessoal da Palavra de Deus. Isto é o que significa quando se diz que Jesus é a imagem do Deus invisível, portanto, precisamos conhecê-lo mais e ir além do que nos foi mostrado pelos aios e mestres que passaram por nós na jornada da fé.

No entanto, que se entenda que ficar oprimido sob regulamentações humanas é a antítese do Evangelho! É como estar mergulhado num ambiente sem oxigênio, sufocado pela falta de liberdade.
Contudo, é possível viver sem oxigênio, desde que você seja uma bactéria. Quando estudamos biologia na escola, aprendemos sobre dois tipos organismos distintos numa mesma lição: os aeróbios e os anaeróbios se lembram?
Então, existe uma diferença entre os dois, que pode explicar muito bem o conceito de liberdade que estou trazendo aqui. O nome aeróbio e anaeróbio tem a ver com o processo químico que esses organismos sofrem para se alimentar. Organismos aeróbios, como o próprio nome sugere, produzem seu alimento pela presença de oxigênio e glicose, gerando assim sua energia pra viver. Os anaeróbios, ao contrário, não sobrevivem com a presença de ar, mas se alimentam de fermentação.
Fermentação, que pode ser utilizada para fazer crescer as massas, produzir o vinho, a cerveja e os queijos, ou pode ser simplesmente o apodrecimento de alguma orgânica.

Em ambos os ambientes é produzido alimento, só resta saber que tipo de organismo você é para que possa escolher onde viver e do que se alimentar. Você é uma bactéria que vive de fermentação – cuidado com o fermento dos fariseus, diria Jesus – ou um organismo que depende de ar puro para se manter vivo?
Comparo o ar puro à liberdade e o processo de fermentação à religiosidade sufocante. Ambos podem ser experimentados, ambos geram alimento e um deles é doce e o outro, podre.

Eu preciso de ar para viver, não suporto a podridão do fermento dos fariseus. E você, se alimenta de quê?

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