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Fé dos Homens – Abraão II

Graça e Paz.

Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o Evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos. De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão. Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da Lei, para as praticar. E é evidente que, pela Lei ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora, a Lei não procede de fé, mas: Aquele que observar seus preceitos por eles viverá. Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se Ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a benção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebessemos, pela fé o Espírito prometido… Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. E digo isto: Uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a Lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode abrogar, de forma que venha desfazer a promessa…Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos baptizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grêgo, nem escravo nem liberto, nem homem, nem mulher, porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa (Gl. 3:6-14; 16-17 e 26-29).

Esta aliança é determinante para esclarecer quem é o povo de Deus. O apóstolo Paulo nos adverte: “Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne” (Fl. 3:2-3). Agora, somos o Israel de Deus: “E a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus” (Gl. 6:16).

Finalmente, esta aliança com o patríarca Abraão revela-nos que era a vontade de Deus alcançar toda a terra, e o amor de Deus é universal, aplica-se a todos os homens. Todo aquele que é chamado por seu divino decreto, e crê na mensagem do Redentor, e lhe obedece de coração é abençoado com esta aliança. Também revela a família do Desejado das Nações, o Sol Nascente das Alturas, o Messias, o descendente de Abrão. Revela, igualmente, o mistério da Canaã, a terra prometida, que espiritualmente é o Reino de Deus em Cristo. Não mais seria Jerusalém nem Samaria, como explicou Jesus à mulher samaritana, junto ao poço de Jacó: “Mas vem a hora e já chegou em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores (Jo. 4:23).

Assim disse o Espírito a Pedro, como registado na sua primeira epístola: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de exclusiva propriedade de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas agora sois povo de Deus;que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançaste misericórdia” (I Pe.2:9,10).

Fraternalmente,

casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues

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