Me admira em pleno século XXI ainda haver dúvidas com relação a questão do juízo. São milhões de pessoas repetindo a ladainha que tem aparência de verdade, mas está destituída de coerência por desprezar o contexto do ensino dado pelo Senhor Jesus.
“Examinai tudo. Retende o que for bom.” (1 Tessalonicenses 5:21)
Quando o próprio Cristo disse que não devemos julgar para que não sejamos julgados, Ele não estava proibindo ou sequer censurando o julgamento. Muito pelo contrário! Como saberemos discernir entre o que é justo e injusto, senão comparando? Como poderemos perceber o quanto somos inaptos para o Reino de Deus, senão medindo a nós mesmos com o padrão que Jesus revelou? A verdade é que o julgamento que foi desaconselhado é o TEMERÁRIO, ou seja, sem conhecimento de causa.
Um povo que se abstém de julgar todas as coisas, peca por omissão.
“Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” (1 Coríntios 6:2-3)
O apelo bíblico a todo aquele que profere julgamento é a misericórdia. Isto significa que precisamos nos colocar no lugar das pessoas. Isto evita constrangimentos e julgamentos precipitados. Quanto a apontar o equívoco daquele que se diz irmão, mas na verdade só está tentando se aproveitar das pessoas, com este não devemos sequer sentarmos à mesa para comer.
“Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.” (1 Coríntios 5:11)
E é exatamente isto que temos visto. Muita gente batendo no peito pra se afirmar como pastor, mas ao invés de dar a vida pelas ovelhas, está lucrando horrores com a lã. Se esquecem que o verdadeiro pastor é Cristo, e que nós somos apenas seus auxiliares.
Glória a Deus! O Senhor que não a divide com ninguém!