Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de divórcios no Brasil aumentou nos últimos dez anos. A afirmação é com base no Censo de 2010.
Entre os brasileiros a proporção de pessoas divorciadas quase dobrou, passando de 1,7%, em 2000, para, 3,1%, em 2010. Rio de Janeiro, Mato Grosso e Distrito Federal apresentam os maiores valores deste indicador. O Maranhão é o Estado com menor proporção de pessoas divorciadas com apena 1,2%.
As estatísticas no caso de evangélicos não é tão diferente visto que a cada ano, o número de divorciados dentro da Igreja só aumenta.
Segundo especialistas de ministérios da família como Pastor Josué Gonçalves, o aumento da taxa de divórcio não tem “causa única”, mas faz parte de um conjunto de fatores que devem ser analisados a luz das Escrituras Sagradas.
Para o pastor, algumas das muitas causas do aumento do número de casais que estão se separando são: a banalização do casamento como instituição divina; o hedonismo; a falta de modelos dignos para seguir, ou seja, muitas vezes o casamento dos pais é uma péssima referência; a mídia fazendo todos os dias apologia do adultério; a falta de orientação pré-conjugal; a falta de espírito de perdão; a imaturidade dos casais, etc.
“A solução para diminuir essa taxa de divórcio e mudar o quadro que está tanto fora como dentro dos portões da igreja, é continuarmos fazendo todo investimento possível na estruturação e fortalecimento da família (Salmo 127), a orientação dos nossos filhos (Deuteronômio 6) e um trabalho preventivo com os jovens que estão para se casar. O papel da igreja com os seus conselheiros é fundamental para que os casamentos sejam fortalecidos e os doentes sejam curados. Não existe outra saída que exclua a igreja da sua responsabilidade como portadora da mensagem transformadora do Evangelho”, frisou pastor Josué Gonçalves.
Uma das análises mais comentadas sobre o divórcio é de autoria de Caio Fábio que apesar de ser divorciado se diz totalmente desfavorável ao divórcio. Entenda:
Eu sou um homem divorciado. Tem gente que pensa que porque me divorciei eu advogo o divórcio. Pelo amor de Deus! O divórcio é uma droga, é horrível. Dói nas entranhas, arrebenta você todo. Só advoga o divórcio quem nunca provou um ou quem passou por um divórcio da maneira mais leviana possível. Porque não basta que a Palavra nos diga que o divórcio é apenas uma amputação para salvar o ser de uma doença maior, e é só em casos extremos que se recorre a ele como medicina, mas não é, de modo algum, uma proposta de existência. Não significa: “Olha, se não deu certo, parte pra outro, e vai partindo, vai partindo…” Não. O indivíduo tem de fazer o possível para salvar o que tem. Só não dá para ficar se não der para suportar; se a alma estiver morrendo! Isso é uma coisa. Outra, porém, é fazer do divórcio uma proposta de vida. Quem faz dele uma proposta de vida é, em geral, aquele indivíduo que tem uma determinada condição pessoal e quer justificá-la. Então cria uma doutrina para justificar sua condição pessoal e sua doutrina passa a ser um ensino que induz outros para a mesma coisa. E isso é um perigo terrível! E cada um precisa tomar muito cuidado, prestar muita atenção — porque a tentação da autojustificação é enorme — para não fazer com que a sua condição de fragilidade pessoal ou da sua natureza se transforme num projeto de sedução para os outros. Se você tem o seu problema, viva o seu problema. Não transforme o seu problema numa causa.