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A dinâmica da vida

A vida é dinâmica, possui uma correnteza natural. Ninguém pode ficar estático diante da vida e, mesmo inerte, as coisas ao redor seguem se movendo.
Há um movimento constante, contínuo de tudo no cosmos!
A rotação do planeta impele cada ser que nele vive à rotação contígua.

Não há saída, precisamos nos mover! Não há como parar, pois sem movimento, nos opomos à própria natureza e à dinâmica da existência.

Me recordava, dia desses, o episódio em que Paulo de Tarso escreve para seus discípulos: “esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

Encontro neste pequeno fragmento bíblico uma força motivadora essencial para tudo o que empreendemos neste mundo. Ele diz, impelido por fé e convicção que deveria seguir adiante, afirmando que precisava esquecer do passado.

Ora, esquecer-se do que passou simboliza não um apagão da memória, mas tomar uma postura de tocar a vida para frente, ir em busca do novo.

No mundo em constante movimento, precisamos de uma atitude que confronta a estagnação, que rompe com a zona de conforto, que busca vencer as fronteiras mentais que criam muros e grades diante de nossa visão. Muros e grades que podem ser preconceitos, religiões, tradicionalismos, fundamentalismos humanos…

O movimento pressupõe uma forte tomada de decisão: esquecer o que passou pode representar o desapego de muletas emocionais, que se transformam em desculpas, argumentações limitadoras, pensamentos de impossibilidade ou incapacidade pessoal, preguiça, desânimo e até mesmo as frustrações das más experiências vividas, enfim, a depressão, o senso de injustiça, a desesperança…

Paulo afirmava ter um caminho a seguir: O Alvo!

Ele tinha ao menos um alvo naquele momento de sua vida. Todos precisam estabelecer alvos na caminhada, para que não sejam engolidos por uma atitude conformada. Para isto, é necessária a transformação contínua, pela renovação da mente.

Crescer, evoluir, ir adiante, esquecer do que passou… como? Vendo a vida por novos ângulos, conhecer novas pessoas, ler novos livros…

Acho que Deus tem uma vocação para cada pessoa neste mundo. Cada filho de Deus, que tem seu entendimento renovado pela revelação do Cristo, recebe uma missão, um alvo. Com o Filho aprendemos que Ele andava pelo mundo fazendo o bem, ajudando os pobres, abraçando os excluídos, identificando-se com os marginalizados. ele próprio dizia que cada pessoa deveria fazer ao outro o que deseja que o outro lhe fizesse.

Não sei qual o seu alvo, tampouco se você possui algum, mas sei que eu preciso dele(s) para cada etapa de minha vida, do contrário, me pego inerte, entristecido, deprimido…

Por fim, existe também um prêmio ao vencedor. Note que em todas as advertências às Sete Igrejas do Apocalipse vinham com uma promessa: “e ao vencedor, darei…”
Sempre há um prêmio, uma recompensa! Não é deste mundo, é essencial, é espiritual, portanto, não morre com nossa morte, mas permanece com a vida para sempre.

O prêmio da soberana vocação não é a mesma coisa que o alvo. O alvo é terrenal, o prêmio, celestial. Muitos se enganam, imaginando a construção de um reino humano sobre a mensagem do Cristo (isto acontece o início do cristianismo), almejando prêmios humanos, como reconhecimento, bom salário, elogios, aplausos… Estes não são, definitivamente, o prêmio glorioso oferecido por Deus aos fieis.

Podem até ser resultado do sucesso humano nesta jornada terrestre, mas não são o prêmio celeste.

Penso que fazer o bem esperando algo em troca não é nada mais, nem menos que ser um prestador de serviços. Mas isto é conversa pra outra momento, por ora, espero que cada um de nós permaneça motivado em busca dos alvos, lutando contra toda inatividade que este mundo mau tenta produzir em nossos corações.

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