Colunas

Deus, Diabo e eu – Parte ll

Conforme referi no meu texto, “Deus, o Diabo e eu”, editado em Colunas, em 26 de Setembro de 2012, o dilema entre Deus e o Diabo têm-me afetado profundamente na minha carne e na minha mente.

Reconheço que não tenho predisposição para o estoicismo e nem tenho pretensão a ser epicurista, o que equivale a dizer que não gosto de levar porrada e também não pretendo ser figurante de revistas cor de rosa, o “jet set da society”.

Desassossega-me pensar que Deus aceitasse o desafio do Diabo de tratar Jó maquiavelicamente. Admito que o Livro de Jó não passa de um conto, uma parábola que nos desafia à imaginação.

Quando estudei televisão ensinaram-me que os filmes americanos sempre acabavam em bem e que os filmes europeus terminavam por nos deixar a pensar. Um final feliz ou um dilema.

Inquieta-me que o Diabo continue a martirizar os cristãos da forma mais bárbara. Alguns dizem que o sangue desses irmãos é o testemunho para nós também sermos fiéis a Deus. Outros pregam que é por falta de fé que o Diabo os venceu. Afinal estamos numa guerra espiritual onde os mais fracos caiem às mãos dos mais fortes.

As teologias da prosperidade versus a do sofrimento são achadas nas Escrituras e cada pregador poderá discorrer para a sua Eclésia de acordo com a sua fé.

Todos nós caminhamos para a hora da verdade, a grande verdade. Talvez uns adormeçam como o Rei Davi numa cama aquecido por uma donzela e outros à pedrada como Estêvão. Talvez o Leitor me diga que o importante é depois da morte entrar no paraíso, não discordo desta opinião mas que dói, dói.

Amílcar

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