“O que me faz ter medo com respeito a esta geração é o quanto ela se apoia na ignorância. Se o desconhecimento geral continuar a crescer, algum dia alguém se levantará de um povoado por aí dizendo ter inventado… a roda”.
A citação acima é de um comentarista canadense chamado Mordecai Richler, citado por John Stott em seu famoso livro Crer é também Pensar, onde o mesmo trata da importância do pensamento crítico por parte dos cristãos.
No artigo de hoje quero ressaltar o quanto Stott está correto, mas fazendo uma observação: além de pensar para poder crer corretamente, precisamos urgentemente, também, de saber agir! Isto é, precisamos transformar nossos pensamentos em ações.
É de suma importância entendermos a relevância disso, pois infelizmente tenho observado que muitos cristãos vivem em estado de letargia, sendo completamente inertes, por exemplo, diante dos problemas sociais que a Igreja tem enfrentado, como o avanço do liberalismo moral, a agenda de gênero e do aborto.
Também em seu livro, Stott faz outra citação, dessa vez do Dr. John Mackay, a qual expressa muito bem o que estou dizendo: “A entrega sem reflexão é fanatismo em ação, mas a reflexão sem entrega é a paralisia de toda ação”.
Em outras palavras, não basta os cristãos vencerem a barreira do “anti-intelectualismo”. Além disso, precisamos tornar as conquistas do pensamento (“reflexão”) em elementos práticos que possam influenciar vidas.
Isto ocorre, por exemplo, quando nos conscientizamos melhor sobre a importância da participação dos cristãos na política, e vamos às urnas para votar apenas nos candidatos que representam a defesa das causas judaico-cristãs. É uma atitude simples, porém significativa quando praticada em nível populacional.
Outra forma de agir em decorrência do pensamento crítico é através do posicionamento público em favor ou contra algo. Você pode usar as suas redes sociais, por exemplo, para protestar contra a descriminalização das drogas, ou se levantar numa sala de aula para questionar um(a) professor(a) que estiver militando contra a sua fé.
Crer é também pensar, de fato, mas agir em decorrência do que cremos é tão importante quanto. Por fim, esta é uma questão central que devemos sempre trazer à tona, pois do contrário, a falta de atitudes por parte da Igreja dará margem para que o mal avance em nosso meio, algo que definitivamente não podemos permitir.