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Contrato de Show de Aline Barros por 180 mil reais vaza na internet e provoca indignação

O assunto Gospel x Show x Mercado da Fé nunca para de nos surpreender. Até mesmo em tempos de crise financeira, os valores de cachês e a movimentação dos promoters de “eventos marchas santas”, já deixou de escandalizar muita gente. Afinal, o “Show não pode parar”.

É só usar o nome de Deus que pagamos sem pensar entre 60,00 a 1.800,00 (por ingresso camarote vip) para adorarmos a déos (e as nossas celebridades). Gostamos das profetadas e aguardamos ansiosamente pelo fim da corrupção no Brasil enquanto botas de píton, brincos gotas douradas, camisetas de “evangelização” e perfumes com cheiro de gézuis, caracterizam a nossa própria corrupção.

Estamos cegos e como cegos caminhamos defendendo o indefensável: “Não toqueis nos mungidos; está com inveja da irmã; ela leva a palavra etc etc etc”. Imagino o Senhor sentado, só observando o paganismo rolando solto.

A verdade é que a igreja está a cada dia mais corrupta. Não tem lava jato que de jeito nisso.

Nas redes sociais, alguém conseguiu tirar a foto da proposta de contrato do Show da virada de Ano de Aline Barros, na cidade de Porto Velho, Rondônia. Lá estão descritos os serviços prestados, o valor do cachê e o que ele deve cobrir. O valor a ser pago pela prefeitura é de R$ 180 mil reais.

Pela internet, não faltaram críticas a prefeitura e a cantora. Algumas delas diziam: “Dinheiro para creche não tem mas para isso…”.

O site “Rondônia ao Vivo” (onde se pode visualizar as propostas financeiras para o show) publicou que o que vazou na internet foi apenas uma dentre outras cotações de artistas e que Aline seria a cantora evangélica mais cara do Brasil. (Posso ouvir um amém?)

Seja como for, não vai fazer diferença, pois o mercado gospel já está enraizado em nosso meio e na nossa política. E você concorda que a prefeitura de Porto Velho deva desembolsar tanto dinheiro para patrocinar o show da Aline?

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