Era uma vez uma cidade muito corrupta, desde o rei até aos seus servos. Praticavam toda a espécie de males e não acreditavam em Deus.
Não podendo mais suportar a maligna cidade, com muita tristeza no coração, Deus mandou a um homem chamado Jonas que fosse apregoar àquela cidade que dentro de três dias ela seria totalmente destruída.
Assim disse o Senhor a Jonas: Vai à cidade de Nínive, pelas ruas da cidade falarás e também junto à casa do rei e dirás que em três dias a cidade será destruída por causa do seu pecado.
Então Jonas disse a Deus: Senhor tu és bom e cheio de misericórdia. Certamente que te arrependerás de o fazer e toda aquela cidade dirá que sou um falso profeta quando não se cumprir o que fui proclamar.
Querendo Jonas não cumprir a missão decidiu viajar para uma cidade chamada Társis, levantou-se um grande temporal e então os homens que viajavam com Jonas começaram a dizer que era por algum motivo que a tempestade se tinha levantado.
Começaram por aliviar a carga do barco e não sabendo mais o que fazer, fixaram-se em Jonas e este comprometido pela desobediência das ordens de Deus e não podendo mais suportar a voz da consciência, disse aos companheiros da viagem que era por causa dele que o mar estava alvoraçado. Então lançaram-no ao mar e um grande peixe engoliu Jonas e logo o mar se amainou.
Durante três dias, dentro da barriga do peixe, Jonas começou a pensar na desobediência a Deus e arrependido pediu a Deus que lhe desse uma chance pois iria cumprir o que estava determinado. Então à voz de Deus o grande peixe lançou fora da boca Jonas na praia.
Neste momento é preciso dizer que Jonas era um homem muito especial, temente a Deus e também sabedor dos propósitos e do amor de Deus.
Então Jonas entrou em Nínive e proclamou a toda aquela cidade que ela seria destruída em três dias. A fé com que Jonas anunciou esta destruição era como se Deus falasse em Jonas. A breve mensagem tinha o poder de convencer quem o ouvia de que não era uma voz qualquer.
Então o rei e toda a cidade de Nínive se arrependeu de todos os pecados e fizeram jejum com saco e cinza sinais de uma profunda tristeza e que buscavam a compreensão e o favor de Deus.
Vendo Deus o que estava a acontecer na cidade decidiu não a destruir, contrariando assim o que tinha sido anunciado por Jonas.
Passado muito tempo, Jesus de Nazaré, Messias de Deus, começou a pregar para que o povo se arrependesse dos seus pecados. E como o povo se mostrou rebelde crendo que se lhes mostrasse um sinal para que n’Ele acreditassem, disse-lhes:
“Nenhum sinal vos será dado senão o do profeta Jonas, Lc 11.”
Então o povo começou a pensar que sinal seria. Diziam uns: Deve de vir um grande peixe vomitar um homem para que por este sinal possamos acreditar neste homem. Diziam outros que ali não havia nenhum mar para que o peixe chegasse até eles e continuaram a desprezar o que o Messias lhes dizia.
Ora o sinal de Jonas era a pregação de Jonas que os de Nínive ouviram e acreditaram. O povo rebelde não acreditou na Palavra do próprio Messias e este era o sinal do profeta Jonas. Então o Messias disse:
“Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração, e a condenarão, pois se converteram com a pregação de Jonas, e eis aqui está quem é maior do que Jonas, Lc 11:32“.
Nós também precisamos de nos acautelar quando ouvimos a Palavra de Deus. Na nossa geração há muitos que já não dão crédito à pregação e suscitam a ira de Deus pedindo sinais para que acreditem na pregação.
O temor a Deus é o princípio da sabedoria e quem não teme a Deus fica embrutecido.
Epílogo: A história de Jonas não ficaria completa senão lhes contasse a tristeza que Jonas teve quando Deus poupou a cidade. O que Jonas tinha dito a Deus era que ele se arrependeria do mal que queria fazer à cidade. Acontece que Deus tinha que usar um homem como Jonas para poder salvar uma cidade de cem mil pessoas.
Também o nome de Jonas fica mencionado como o único homem que com um simples recado de Deus converteu uma cidade.