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Conselho de Medicina protagoniza retrocesso na defesa da infância

Conselho de Medicina protagoniza retrocesso na defesa da infância

Foto: reprodução/Google

A resolução do Conselho Federal de Medicina é um retrocesso na luta pela proteção à infância.

Como psicóloga, não concordo com o Conselho de Medicina, que ao mesmo tempo que diz que VEDA qualquer tipo de intervenção antes do início da puberdade, prescrição de hormônios, por exemplo, diminui a idade para cirurgias que era 21 anos passando para 18 anos, sendo que a adolescência termina somente aos 23 anos.

Também fala em equipe multiprofissional, mas exclui o psicólogo. Até entendo, pois a psicologia atual é ativista, anticientífica, não tem sido levada a sério, já que está contaminada pela política ideológica e tem usado a questão de gênero como bandeira, perdendo a neutralidade.

A norma veda qualquer tipo de intervenção antes do início da puberdade, mas autoriza a partir de 16 anos o uso de hormônios cruzados – que são comprovadamente causadores de inúmeras doenças – o que em meu entendimento é igualmente um risco, já que autorizam bloquear a puberdade, como se fosse uma doença, para que os hormônios cruzados funcionem.

Sei que tentaram regulamentar o que já existe na clandestinidade, mas creio que pioraram a situação pois 16 anos para tomar hormônios e 18 anos para fazer cirurgias de transição é prematuro.

Lembro que as mudanças psicológicas, os conflitos por quais passam os adolescentes podem fazê-los mudarem de ideia constantemente. Nada é definitivo, ainda mais para um adolescente.

Não vejo como avanço e sim um retrocesso na luta em defesa da infância, espero que o governo Bolsonaro não acate, não libere estes procedimentos, pois o elegemos para lutar contra essa desconstrução da infância e da adolescência.

Marisa Lobo, psicóloga.

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