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Conflito entre homossexuais e evangélicos pode chegar a um ponto crítico

A crescente rivalidade entre homossexuais e evangélicos aos poucos parece assumir um aspecto destrutivo, de evolução para um conflito de proporções desastrosas. Tal se deve a uma série de fatores, como o desenvolvimento (a partir da década de 70) do ativismo homossexual, o crescimento dos evangélicos brasileiros (42,5 milhões, segundo o Censo 2010/IBGE) e da participação do Governo Federal na fomentação do conflito, com projetos como a PL 122/2006, que pretende criminalizar a homofobia. Há de se acrescentar, ainda, o avanço do liberalismo teológico a partir de igrejas protestantes históricas, como a anglicana, a luterana, e a presbiteriana, como um dos fatores que veem impulsionando uma crise de identidade no protestantismo histórico.

Apesar do crescimento da igreja evangélica brasileira, os fieis se veem em meio a um campo de força de abrangência internacional, de grupos partidários e ideológicos que exercem uma crescente influência a partir de organizações como a ONU e outras entidades de direitos humanos, que, por sua vez, influenciam e pressionam governos a adotarem à campanha, com promulgação de leis que garantam os “direitos” dos homossexuais, acabando por gerar um conflito que poderá ter repercussões para além do Congresso Nacional. O problema está no fato de que, tanto evangélicos como homossexuais experimentam um contínuo crescimento (político e numérico), que os coloca em posição de disputa partidária e social, com evolução para conflitos maiores. Não estamos, portanto, diante de movimentos minoritários, mas diante de dois movimentos com grande poder de fogo.

Dada as dificuldades de articulação entre igrejas históricas e pentecostais (e também com relação às neopentecostais – por questões de sobrevivência e de marketing, a exemplo da Igreja Universal do Reino de Deus), e a uma série de imposições internacionais e governamentais, o novo quadro que se desenha é a de uma possível articulação religiosa, que envolveria representantes evangélicos e católicos, além de outros grupos religiosos conservadores, que, reunidos, poderão fazer frente ao ativismo homossexual. A recente passeata em Brasília, que reuniu manifestantes das mais diversas confissões religiosas – principalmente evangélicos e católicos -, serve de base para uma possível coalizão ou articulação de maior amplitude, motivada por temas comuns.

 

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