Há alguns anos acompanhamos na imprensa o surgimento de casos onde escolas são acusadas de promover a erotização de crianças por meio de aulas, materiais “didáticos” e apresentações diversas, como a que recentemente viralizou na internet, ficando conhecida pelo grupo do “cavalo tarado”.
Essa última ocorreu no CIEP Luiz Carlos Prestes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em um vídeo que está repercutindo na internet vemos uma pessoa fantasiada de cavalo, fazendo movimentos de conotação erótica ao som de uma música, cujo trecho da letra reproduzo abaixo:
“Vem mulher, vem galopando, que o cavalo está chamando, olha os ‘cavalo’ voltando, olha os ‘cavalo’ voltando, olha os ‘cavalo’ no cio, cavalo taradão. O cavalo ficou danado, o cavalo tá de frente, o cavalo tá do lado, o cavalo ficou danado. Galopa de frente, galopa de lado, ela vai pra frente, ela toma, ela toma, ela vai pra trás, ela toma, ela toma”.
Alguma dúvida sobre o teor sexual dessa “canção”? No meu entender, não. A letra segue o típico estilo “funk pancadão”, onde o estímulo sexual através dos gestos e conteúdo pornográfico é responsável, também, por um grande número de adolescentes grávidas precocemente, muitas delas abandonadas à própria sorte e às drogas.
Se querem ouvir esse tipo de poluição sonora nas ruas, ou em casa, que ouçam, mas aceitar isso nas escolas é inadmissível, repugnante e revoltante. Agora, se tal coisa vem acontecendo com cada vez mais frequência, qual é a explicação?
Ativismo sexual
A resposta está no ativismo sexual, que não é algo aleatório e desestruturado, mas um movimento de caráter ideológico que vem sendo propagado há décadas nas mídias e, principalmente, no meio acadêmico, ambiente responsável justamente pela formação dos professores.
Parte da agenda desse ativismo envolve a erotização precoce de crianças, pois os seus defensores alegam que o não envolvimento sexual de adultos com menores seria fruto de uma estrutura cultural “opressora” que utiliza a moral como ferramenta de dominação.
Entre as figuras mais influentes nesse quesito está a feminista Shulamith Firestone, nascida em 1945 e falecida em 2012, após passar a vida em tratamento psiquiátrico devido à esquizofrenia.
Autora do livro A Dialética do Sexo – nessa obra que, na verdade, parece mais um atestado de loucura – ela faz a defesa, dentre outros absurdos, da libertação da mulher da suposta “tirania biológica” e a liberação sexual infantil.
Shulamith escreveu que, uma vez liberta, “a mulher não vai mais ser mãe e nem educadora”, pois assim poderiam atacar a família “em frente dupla”, bem como “todas a instituições que segregam sexo”, para que pudessem alcançar a “liberdade, para que todas as mulheres e crianças usem a sua sexualidade como querem”, e então “sejam permitidas todas as formas de sexo”.
Sim, Shulamith, que até hoje é aclamada em alguns meios feministas, defendeu até o fim da vida, aos 67 anos, “todas as formas de sexo”, inclusive entre ou/com crianças, o que significa pedofilia.
Como o seu livro foi publicado originalmente em 1970, daí temos uma noção do quanto a erotização infantil tem sido propagada pelo ativismo sexual no decorrer das décadas.
‘Cavalo tarado’ é a erotização hoje
Podemos encontrar as palavras de Shulamith Firestone, atualmente, de muitas maneiras. A principal está em seu reflexo na cultura, como através de exposições de “arte”, a exemplo daquela de 2017, quando crianças foram expostas a um homem pelado no Museu de Arte Moderna (MAM), no Ibirapuera (SP), chegando a ser tocado por elas.
As palavras dessa ativista também podem ser notadas através das músicas que falam das “novinhas”; nas roupas erotizadas que mais parecem trajes de prostitutas, mas em tamanho infantil, e até em alguns materiais didáticos que, em nome da “educação sexual”, tratam de temas moralmente invasivos acerca de práticas sexuais.
Tudo o que vemos atualmente, portanto, são conquistas paulatinas do ativismo sexual que visa destruir a moral judaico-cristã, a fim de criar uma sociedade cujos padrões e valores responsáveis pela construção da civilização moderna não existam mais.
Como pais e cristãos devemos nos posicionar, reagindo contra o avanço dessa agenda maligna, protegendo os nossos filhos e netos. Se não fizermos isso por eles, agora, amanhã poderá ser tarde, pois as suas mentes já estarão tão contaminadas por conteúdos como esse, do “cavalo tarado”, que recuperá-los será uma tarefa praticamente impossível.