Colunas

BRICS – a Ressurreição do Segundo Mundo

Lembro que quando era criança ouvia muito falar em primeiro, segundo e terceiro mundo, termos que parecem ter perdido a força nos últimos tempos. Segunda uma tal de Teoria dos Mundos, que foi desenvolvida durante a Guerra Fria, o Primeiro Mundo seria o conjunto de países posicionados à favor do capitalismo, aliando-se aos Estados Unidos durante a malfada guerra psicológica. O termo, no entanto, acabou se tornando mais um indicativo aos países com considerável desenvolvimento econômico e social. O Segundo Mundo, por sua vez, era composto pelas nações do antigo bloco socialista, isto é, a antiga União Soviética e seus aliados, como os países do Leste Europeu (signatários do Pacto de Varsóvia), além de Cuba e a China Comunista. Já o Terceiro Mundo, a gente conhece muito bem! Dentro da Teoria dos Mundos, originalmente, este mundinho menos favorecido era formado por países que se posicionaram neutros na Guerra Fria, ou seja, não se posicionaram. No entanto, o conceito mais veraz é que Terceiro Mundo é o termo que define os países em desenvolvimento, ou subdesenvolvidos, aqueles que, assim como o Brasil, possuíam economia e sociedade com pouco avanço. Nos dias atuais, portanto, essa Teoria dos Mundos não é mais usual. Hoje somos “desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos” e, assim sendo, vimos nossa nação sair daquela condição cabulosa de “Terceiro Mundo”, para nos tornarmos uma “economia emergente”, num tempo em que o planeta inteiro experimenta larga queda na desigualdade econômica entre nações, com um nítido florescer das classes médias e do desenvolvimento técnico-industrial. Mas agora, vou além. O glorioso bloco econômico, recentemente criado, o BRICS, que agrega uma parceria comercial entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul é uma união, no mínimo, controvertida. É lógica, do ponto de vista dos antigos participantes do velho “Segundo Mundo”, Rússia e China, cismados políticos com os EUA, e oportuna para países emergentes como Brasil, Índia e África do Sul, os quais sempre foram vítimas históricas do modelo colonialista e extrativista nos negócios praticados pelos magnatas do Primeiro Mundo. Acostumados a sempre arrancar na mão grande, extrair, sem a obrigação de pagar impostos, costumeiramente exigindo condições contratuais implacáveis diante dos pobres e amargurados oprimidos do terceiro mundo, as nações da elite planetária agora observam o “crescimento dos ressentidos”, sem poder fazer muito a respeito. O Brasil se debateu por décadas, comendo migalhas direto das mãos desses senhores, numa situação semelhante a de uma prostituta de garimpo, mas agora dá um passo decisivo e, talvez, sem volta, na direção contrária aos EUA. Somos um país socialista! Nos últimos 12 anos temos sido governados por representantes diretos da luta nacional para que essa socialização acontecesse. Lula, Dilma e todos os seus correligionários, gastaram suas vidas para ver este sonho se realizando. O sonho que João Goulart viu ser dissolvido golpe após golpe, até que o fatal fosse desferido em 1964, pelas mãos dos militares brasileiros, patrocinados pelos Americanos, pois o lendário presidente americano John Kennedy não poderia suportar uma “Cuba tão grande bem no seu quintal”. Sim, era assim que os americanos chamavam o Brasil: “seu quintal”. Agora, parece que uma reviravolta internacional está ocorrendo e que um monstro grandioso está se erguendo e, talvez, o BRICS seja um sinal apontando nessa direção. Brasil apoia, investe e tem relações com Cuba, embargada pelos americanos; é amigo da Venezuela; é amigo da Síria, do Hamas e recentemente provocou Israel, censurando sua guerra contra palestinos. Será que estamos criando um novo Segundo Mundo, neo socialista, anti Americano? Será que o Brasil fará parte disso? Gostaria que os amigos cristãos, entendidos dos Livros de Daniel, do Apocalipse e da matéria da escatologia pensassem comigo e comentassem, por gentileza, este artigo para que possamos entender melhor este tempo que vivemos, segundo as Profecias Bíblicas.

Teoria dos Mundos – Wikipedia! 

Sair da versão mobile