Colunas

A Morte (parte 2)

Graça e Paz.

No Livro das Origens, Génesis, acha-se Escrito:

“E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele , nem nele tocareis, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis” Gên 3:2-4.

O estudo da morte tem consigo, desde o início, a divergência no entendimento do que Deus afirmou e do que a serpente disse à mulher. Morrer ou não morrer é o que nos propomos falar neste texto. Afirmamos que a morte é a cessação da vida porque onde há vida não pode haver a morte. A morte tornou-se a condenação de todos os seres vivos e isto por decreto divino, em razão da desobediência a Deus porque Deus é Deus dos vivos e não dos mortos, segundo os Evangelhos.

Os homens, sem Deus, persistem na mentira da serpente que é o Diabo que afirmou à mulher de que não morreria. Por esta razão, até aos dias de hoje, o homem tem procurado perpetuar a morte pelo astuto engano do Diabo. Encontramos monumentos megalíticos, as antas e os dolmans, as famosas pirâmides dos Incas, Maias e dos Egípcios. Mais recentemente, nos cemitérios, tem-se procurado perpetuar os mortos, pela arte funebre, são os mausoléus e toda a sorte monumental de engenho e arte.

Não acreditando na morte, conforme a serpente disse à mulher os homens também procuraram comunicar-se com os mortos. A consulta aos mortos é uma prática ancestral e isto com propósitos de procurar aliviar o sofrimento dos mesmos ou até de pedir uma orientação para os casos mais complexos da vida. A crença de consultar os mortos não é uma tarefa acessível a todos os mortais e por esta razão surgiram os intermediários, médiums e videntes que movidos na fé de que os mortos ainda estão vivos, consultam o além e transmitem as mensagens captadas pelas antenas da falsidade que ouvem do éter da sua própria imaginação.

A morte também foi assunto dos filósofos procurando dar-lhe vida, decompondo-a, como foi o caso de Platão, filósofo grêgo, com o chamado dualismo, dividindo o homem em corpo e espírito. Esta idéia procurou salvar a morte, entenda-se, dando um espírito ao morto.

Shirley MacLaine, famosa estrela USA, ganhou vasta audiência nas televisões, revistas e jornais, pela comunicação com os mortos que afirma ter. Os mortos tornaram-se imortais e isto por obra dos mortais.

José Régio, na sua poesia do senhor Papão, transmite-nos os medos cativos no homem através de diálogos inspirados nas sombras e nos ruídos que a imaginação afirma ser verda-de o que na verdade não passa de infundadas incertezas de fé da Serpente.

O que nós sabemos é que o pecado condenou o homem à morte eterna e que Deus, na Sua graça, mediante sucessivas alianças, desde o princípio (Gên 3:15), nos deu o Redentor que esmagou a cabeça da serpente e nos redimiu de todo o pecado na cruz do calvário pelo Seu Sangue, vencendo a morte, pela Sua ressurreição e nos deu, pela Sua graça a vida eterna, aos que creêm em Seu nome.

Continuaremos a dar o nosso entendimento sobre o destino dos mortos, no próximo texto que pela graça de Deus iremos tecer.

Casal com uma missão,

Amilcar e Isabel Rodrigues

Sair da versão mobile