Graça e Paz.
A morte e o que há depois da morte, sempre é tema de muita curiosidade e, isto em virtude das coisas que se dizem sobre a mesma.
Agostinho da Silva, um lusitano, filósofo, que viveu no Brasil e é conhecido nos meios acadêmicos, respondeu um dia de que nada sabia sobre a morte e isto porque ainda não tinha morrido. Prometeu, no entanto, que quando morresse e se lhe fosse possível então, responderia a pergunta inquietante, perturbadora e que tanto desassossega os mortais.
Se me atrevo a escrever-vos sobre a morte, é porque penso poder acrescentar algum conhecimento a cerca da mesma, porque, pela graça de Deus tive a experiência de ter ressuscitado da morte.
No princípio, Adão e Eva, os primeiros pais, viviam no Éden cheios de paz e de alegria. O Senhor Deus visitava-os ao entardecer e tudo corria bem. Cada dia que passava, era um gôzo porque ainda não tinham desobedecido a Aliança que o Criador lhes propusera, de não comerem da árvore, cujo fruto era o conhecimento do bem e do mal.
No dia em que desobedeceram a Deus, experimentaram a morte que é a separação de Deus. Foram expulsos do Éden e com eles todos os homens descendentes dos primeiros pais, porque em Adão todos estão mortos e em Cristo, segundo Adão, todos são vivificados, I Cor. 15:22.
A morte tem consigo as trevas que é a ausência da luz, como está escrito:
“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados. Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o princípe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos, e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:1-5).
Há a morte física e a morte espiritual. A diferença entre uma e outra é a mesma, ou seja, não tem conhecimento de Deus e por esta razão tanto faz ser um cadáver como um morto vivo.
A filosofia grega procurou responder as grandes questões relativas ao homem que todos conhecem: Quem sou? Porque existo? O que faço aqui?
Talvez o leitor possa dizer que um cadáver não pensa e não faz perguntas. Concordo em absoluto consigo mas, acrescentarei, que um morto espiritual também não tem as respostas sobre a morte e o que há depois da morte.
Continuarei a discorrer sobre este tema aqui nesta coluna e isto se Deus o permitir.
Casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues