No último sábado (02) durante o Programa Vitória em Cristo, Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) fez declarações contundentes sobre supostas campanhas de difamação das quais estaria sendo vítima. Na verdade, Malafaia afirma estar se antecipando ao que poderão ser notícias plantadas por determinados grupos para denegrir sua imagem e tentar invalidar sua influência como formador de opinião e orientador político para milhares de evangélicos no Brasil.
Com “carisma”, disparou em seu discurso inconfundível:
“… isso é um jogo. Como eu, há trinta anos, me posiciono em programa de TV dando orientação política (…) dou consciência política, e isso desagrada a muita gente… Quero dar um alerta ao povo evangélico e a amigos que me acompanham. Venho recebendo notícias do império da maldade, gente que quer o poder e que não suporta o contraditório, que não suporta o enfrentamento, que quer comprar consciência, que quer dominar pensando que o Brasil vai ser uma república bolivariana igual a Venezuela: Querem controlar a imprensa, controlar o estado… a religião… a igreja… Não se espante se amanhã na imprensa essa cambada de ímpio, perverso, maldoso (sic), produzir notícia para tentar me caluniar e difamar devido às minhas posições. Eu não tenho medo deles. Eu queria informar aqui que sei de toda a trama que está em curso, sei de toda safadeza que querem plantar para tentar me denegrir…Tenho uma certa influência, e minha influência incomoda muita gente poderosa. Estão com medo do voto evangélico. Estão com medo da influência da liderança evangélica. Quero alertar a você para ter muito cuidado com o que lê em blog e em jornais, por tem interesse político por trás…”
Mais uma vez Malafaia repetiu o que parece ser sua plataforma midiática: as centenas de milhares de projetos de lei para a destruição da família, da igreja e dos valores cristãos. Segundo ele, é por isto que os evangélicos devem saber em quem votar para não entregar seus votos à candidatos que façam leis “contra seus princípios”. Evidentemente que neste discurso, Pastor Silas afirma indiretamente que ele sabe em quem os evangélicos devem votar.
Com a proximidade das eleições, é certo que veremos mais e mais de Malafaia e sua atuação política. Afinal, é ele que parece ser o político evangélico mais influente deste país. Entretanto, se este programa foi apenas mais uma jogada de “marketing da angústia”, como disse um professor amigo, ou uma tentativa de minimizar os estragos de futuras revelações, saberemos em breve. Seja como for, a intenção de Malafaia é clara: a projeção de um herói que luta pela causa da família, ou de uma vítima, que sofre por se levantar pelos princípios cristãos. Assim, ele consegue mais poder e mais votos.
Denúncias contra Malafaia estão disponíveis aos milhares. E não são novidade nenhuma. Seja na voz de Caio Fábio (que o conhece desde tempos juvenis), o único a relatar com detalhes claríssimos, envolvimento com “propina” gospel (no caso de verbas que recebeu da Universal, por exemplo) até situações que levantam muitas questões quanto a sua conduta moral (veja link para um dos vídeos mais discutidos: http://www.youtube.com/watch?v=ARCch68Y7VU). Ou através da voz de milhares de blogueiros e jornalistas, uns anônimos e outros nem tanto.
Não seja Fé Nático! Pense e tenha misericórdia!
Quando Malafaia afirma que conhece toda a trama que estão preparando para ele, significa que ele sabe o que fez? Ou o que faz? Seja como for, até para os falsos mestres existe um tempo determinado. E o Senhor do Tempo a todas as causas provará. É preciso dizer contudo, que até para os falsos Mestres, ou para os que não são falsos, mas que apenas se corromperam no Caminho, há esperança pois o arrependimento a todos alcança.
Quanto aos alarmes de ditaduras gays, de PL 122, fim de corrupção, e perseguição religiosa no Brasil, seria mais útil que a Igreja se preocupasse em ganhar o pecador, o perdido e o angustiado. Afinal, isso é tudo que Jesus pede de nós!