Tem gente que pensa que não-perdoar é um direito e que perdoar é um sacrifício; pois, para tais pessoas, guardar rancor e desejar o mal dos que lhes fazem males, é um direito e uma questão de vergonha na cara, visto que jamais saíram do mundo das bestas e dos animais carnívoros.
O segredo da vida, no entanto, é jamais odiar ninguém, ao contrário: amar a todos; especialmente os que nos provocam pelo ódio [ou por qualquer de seus derivados] a deixarmos o caminho da paz interior, a fim de nos fazermos escravos do ódio de um louco e cego pela falta de amor.
Perdoar é a essência da Graça em seu aplicativo no coração do homem que encontrou a Graça de Deus.
Quem tem consciência de que vive e respira favor divino, esse perdoa sempre; e não se deixará desviar do caminho da paz apenas porque algum filho do ódio deseje alveja-lo com as setas da mentira e da amargura.
Sempre perdoados perdoam sempre!
Profetas, entretanto, muitas vezes são confundidos com pessoas amarguradas. Afinal, há muita gente amargurada que busca o disfarce de profeta ou até de poeta.
O profeta, todavia, vive a difícil tarefa de denunciar com energia, enquanto ama pelo seu desejo de ver a denuncia se converter em arrependimento e conversão daqueles aos quais dirige as palavras da verdade de Deus.
Assim, o verdadeiro profeta só denuncia se nele pré-existir o perdão, pois, assim profetizará amando, e cheio de esperança de que a profecia seja um futuro novo para todos.
Profecia sem amor é sino tocando arrítmico e enlouquecidamente, e só se faz ouvir pelos filhos do ódio, mas não gera conversão.
Somente os filhos do perdão e da reconciliação prévia e unilateral, profetizam e se fazem ouvir pelos filhos da paz que os escutarem.
Sim! Pois até a verdade falada sem amor se torna mentira na vida daquele que a pronuncia, e, assim, se faz ouvir por outros mediante a energia espiritual da mentira.
Desse modo, verdade sem amor é a maior hipocrisia!
É o amor que faz toda verdade, verdadeira em sua plenitude.
Por isso é que se diz: “Sem amor nada me aproveitará!”
Pense nisso!
Texto de Caio FábioD’Araújo Filho