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O que é preciso é avisar as Igrejas

Vem isto a propósito de uma “canção de intervenção” que diz “ O que é preciso é avisar a malta”, ou seja, “a Galera”, do cantor Zeca Afonso, Portugal.

Estive a ouvir um Irmão, em lamentos, acerca do estado geral das coisas no Brasil. Falou-me da corrupção, do Serviço de Saúde, das escolas, da insegurança, da inflação e até do mundanismo nas igrejas.

Enquanto ele falava comigo, lembrei-me do alvoroço que a tempestade no Mar da Galileia causou nos discípulos, enquanto Jesus dormia, sossegadamente, na proa do barco.

É sempre difícil (ou quase impossível), resolvermos os problemas quando o nosso coração se deixa perturbar com as causas externas. “Perdemos o norte” de quem somos e o poder que nos foi dado em Cristo Jesus, que nos mandou ter bom ânimo perante as aflições da vida. Ele já tinha ensinado aos seus discípulos como resolver os problemas, a fim de que a paz de Deus os aquietasse.

Naquele dia, no mar da Galileia, com a fúria dos ventos e o mar alvoraçado, e com o desânimo nos corações, um dos discípulos fixou os olhos no Mestre que dormia com uma inocência perturbadora, e despertando-o, disse-lhe: “Não te importas que pereçamos?”.

Então o Mestre levantou-se e fez o que era preciso fazer, ou seja, repreendeu os ventos e o mar e fez-se uma grande bonança. Os discípulos, estupefactos, interrogavam-se: “Quem é este a quem os ventos e o mar obedecem?”.

Conhecendo o que lhes ia no coração, Jesus lhes perguntou porque é que eles eram tão covardes. Ora o que faltou aos discípulos foi a Fé capaz de fazer agir o coração, coragem, porque todas as coisas são possíveis àquele que crê.

Perante o desassossego que reina nos corações dos homens e das mulheres no Brasil, é imperioso pois dizer: “O que é preciso é avisar as igrejas”. Quando os portugueses chegaram ao Brasil em 1.500, baptizaram este país de “Terra de Vera Cruz”. Para celebrar o evento, cortaram-se duas árvores de alto porte, e depois tornou-se necessário fazer com elas, uma cruz que a simbolizasse. Aconteceu que os bravos marinheiros estavam com grande dificuldade em levantar do chão as árvores caídas, e foi quando observaram, que por detrás de uns arbustos, estavam os Indígenas a observá-los. E como por milagre, vieram em socorro dos navegadores, e todos juntos levantaram os troncos,

Foi assim que erigiram aos céus a primeira cruz, sinal de Cristo, nas terras que hoje se chamam, Brasil. Convém recordar este evento, para nos despertar de que é a união que faz a força e que no dizer do Mestre, “reino dividido, e casa dividida, não subsiste”.

É necessário avisarmos as igrejas, para que se levantem pela Graça de Deus, num clamor a Deus, e venham os tempos de paz sobre a terra, aos homens de boa vontade.

Alguns dizem-me que o Brasil não tem jeito, porque a colonização dos portugueses, com a vã cobiça pelas riquezas, semearam nesta terra maravilhosa, o mal sem fim. Que a escravatura que veio do outro lado do mar, é a genesis de todo o sistema que impera até aos dias de hoje.

É certo que se trocou o nome de Vera Cruz pro Brasil,  porque era o nome da árvore que dava o vermelho para tingir as roupas, e que também é uma metáfora ao sangue da violência do deus Mamon.

 

É preciso dizer às igrejas que “Jesus veio desfazer as obras do Maligno” e que não nos podemos deixar intimidar pelo mal. É preciso avisar as igrejas, para que se cumpra o que está escrito: “A Misericórdia e a Verdade se encontraram: a Justiça e a Paz se beijaram, também o

 

Senhor dará o bem, e a nossa terra dará o seu fruto”. Salmo 85:10 e 12.

 

Fraternalmente,

 

Casal com uma Missão,

 

Amílcar e Isabel Rodrigues

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